Pesquisador aponta soluções para polinização de abóboras

O pesquisador Geovani Amaro tem identificado o que denomina como “possíveis causas” de problemas recorrentes no cultivo e sugerido alguns procedimentos

26.01.2022 | 13:51 (UTC -3)
Embrapa
O pesquisador Geovani Amaro tem identificado o que denomina como “possíveis causas” de problemas recorrentes no cultivo e sugerido alguns procedimentos. - Foto: Geovani Amaro
O pesquisador Geovani Amaro tem identificado o que denomina como “possíveis causas” de problemas recorrentes no cultivo e sugerido alguns procedimentos. - Foto: Geovani Amaro

Atender a demandas relacionadas a problemas enfrentados pelo produtor de hortaliças está inscrito no cotidiano da pesquisa desenvolvida pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), sendo que algumas dessas solicitações frequentam com mais assiduidade as dúvidas recebidas por meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão, como o cultivo de abóbora.

Cucurbitácea da mesma família da melancia, melão, maxixe, chuchu e pepino, a abóbora é conhecida por sua variedade de tipos – moranga, japonesa ou cabotiá, italiana e abobrinha – e por seus contratempos recorrentes, sendo o amarelamento dos frutos, no caso da abobrinha, e a não frutificação, problema mais relacionado a outras variedades da hortaliça e que costuma ter uma abrangência maior entre os demandados pelos produtores.

Para essas questões, o pesquisador Geovani Amaro tem identificado o que denomina como “possíveis causas” e sugerido alguns procedimentos. Segundo ele, esses problemas podem ter como origem a deficiência de polinização e o baixo nível de fecundação das flores femininas, já que as abóboras e morangas são plantas alógamas, ou seja, dependem do cruzamento entre suas flores.

“A polinização acontece quando insetos como vespas e abelhas coletam pólen nas flores masculinas e levam até às flores femininas, aí ocorre a fecundação e os frutos se desenvolvem naturalmente”, explica o pesquisador, que chama a atenção para alternativas no caso da ausência desses polinizadores da natureza. “Como nem sempre há insetos suficientes para fazer esse trabalho, a opção é a polinização manual”.

Para isso, Amaro aponta como primeiro passo a identificação das diferenças entre as flores: as femininas têm um fruto na base, e a polinização é realizada dentro da flor; já as flores masculinas não têm o fruto, mas o botão da flor com o pólen. “A recomendação é tirar as pétalas da flor masculina e levar o botão até às flores femininas e depositar o pólen, ocorrendo assim a polinização e a fecundação”, ensina.

Caso a polinização manual não apresente os resultados esperados, a orientação é fazer uma análise de solo para medir os níveis de nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta. E para saber mais detalhes sobre a polinização manual, o produtor conta com uma boa ferramenta, representada pela publicação da série Documentos – “Polinização Manual em Abóboras” – que ensina a técnica por etapas e pode ser baixada via download.

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