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A pesquisa “Podridão floral dos citros: histopatologia de Colletotrichum acutatum”, realizada por João Paulo Rodrigues Marques, em seu doutorado em Fisiologia e Bioquímica de Plantas, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), foi contemplada com o Prêmio Tese Destaque USP 2014, pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade de São Paulo.
A premiação tem como objetivo reconhecer e contemplar as melhores teses defendidas nos programas de pós-graduação da universidade em nove áreas do conhecimento (Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias, Letras, Linguística e Artes, Multidisciplinar e Saúde).
As teses vencedoras foram selecionadas por nove comitês de julgamento, constituídos por pesquisadores de renome, externos à USP. Marques recebeu R$ 10 mil e um certificado de premiação nesta terça-feira, 16 de dezembro, na USP, em São Paulo. Durante o evento, o pesquisador apresentou brevemente seu trabalho, explicando a fundamentação da pesquisa, objetivos e impacto dos resultados para a sociedade.
Segundo o acadêmico, que agora realiza pós-doutorado no Departamento de Genética da ESALQ, receber esta premiação é uma grande honra. “Isso prova que o estudo em ciência básica, como é o caso da anatomia vegetal, possui grande importância. Além disso, é um estímulo para a realização de novas pesquisas na área, aplicada à Fitopatologia (histopatologia vegetal)”, disse.
Marques ainda ressaltou que a premiação é muito importante para a ESALQ e para o Programa de Pós-Graduação (PPG) em Fisiologia e Bioquímica de Plantas. “Trata-se do reconhecimento da qualidade da pesquisa que é desenvolvida na instituição, com impacto não só no meio acadêmico, mas também no setor produtivo”, afirmou.
Tese
A pesquisa de Marques visou esclarecer, do ponto de vista estrutural, a interação entre o patógeno da doença fúngica ‘podridão floral dos citros’, que é causada por fungos do gênero Colletotrichum spp, e o hospedeiro. Essa doença é uma das que mais afeta a cultura de laranja no país. O principal sintoma é a abscisão prematura do ovário e de frutos jovens e, sob elevada incidência, pode acarretar prejuízos da ordem de 80 % para o produtor.
Os resultados comprovaram que botões menores que 8 mm são resistentes ao fungo e permitiram reavaliar a necessidade de aplicação de fungicidas em todas as fases da floração, reduzindo assim o custo da produção e os danos ao meio ambiente. Além disso, foi verificado que o fungo infecta grãos de pólen, sugerindo uma nova forma de disseminação da doença, por meio das abelhas que visitam os pomares de laranja.
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