Pesquisa analisa impacto de "Amaranthus palmeri" na produção de arroz

Estudo destacou os prejuízos que Amaranthus palmeri (saiba mais aqui) pode causar na produção de arroz irrigado por sulcos. Os resultados revelam que, mesmo em pequenas quantidades, a presença dessa planta invasora compromete severamente os rendimentos da lavoura.

A pesquisa foi conduzida entre 2022 e 2023 no Milo J. Shult Agriculture Research and Extension Center, em Fayetteville, Arkansas. Durante o estudo, foi analisado o impacto do momento de emergência de Amaranthus palmeri sobre o rendimento do arroz e a produção de sementes da planta invasora em um sistema de irrigação por sulcos.

O foco foi entender como a concorrência de Amaranthus palmeri pode afetar a produtividade do arroz, especialmente em uma época em que o uso de herbicidas para seu controle está diminuindo e a adoção da irrigação por sulcos tem aumentado.

De acordo com os dados obtidos, o maior impacto no rendimento do arroz ocorreu quando Amaranthus palmeri emergiu uma semana antes do arroz, resultando em uma perda de até 50% na produção de grãos a uma distância de 40 centímetros da planta invasora. Mesmo plantas que emergem até quatro semanas após o arroz ainda têm a capacidade de afetar negativamente a produção, embora de forma menos intensa.

O estudo também revelou que as plantas de Amaranthus palmeri que surgem tardiamente, mas com tempo para completar o ciclo reprodutivo, podem contribuir significativamente para o banco de sementes do solo. Mesmo as plantas que emergem até quatro semanas após o arroz podem gerar até 500 sementes por planta, o que implica que sua presença pode gerar novos problemas de infestação nos anos seguintes, caso não seja controlada adequadamente.

Tanner King, doutorando da Universidade Estadual do Mississippi e autor principal da pesquisa, destacou a importância de um controle rigoroso e constante de Amaranthus palmeri ao longo da temporada. Segundo ele, é crucial implementar um programa de manejo de plantas invasoras que minimize a produção de sementes e impeça o aumento do banco de sementes no solo.

Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.1017/wsc.2024.102