Perspectivas para os balanços americanos de 2022/23: soja avança nas lavouras e milho está em alta

Relação entre preços futuros da soja e milho atingem mínimas de 5 anos, abaixo de R$ 2,10; área plantada da oleaginosa deve ocupar 91 milhões de hectares ou 50,4% das lavouras, ante 48,3% na safra anterior, segundo hEDGEpoint

12.04.2022 | 14:33 (UTC -3)
Bruno Cirillo

Os produtores americanos estão extremamente inclinados a plantar mais soja do que milho na próxima safra, de acordo com os dados mais recentes. Este fator é altista para o milho e corrobora com uma relação entre preços futuros de soja e milho para os níveis mais baixos dos últimos cinco anos, o que tende a incentivar o plantio do cereal, avalia a hEDGEpoint Global Markets.

“As alterações nas decisões dos produtores não podem ser descartadas, embora a área com potencial de troca seja menor agora do que há alguns meses”, pontua o analista de Grãos e Macroeconomia Alef Dias. “Dada a maior área plantada de soja na próxima safra -- e consequentemente uma maior oferta, dado o incremento na produtividade -- estimamos o estoque mais confortável da oleaginosa nos EUA das últimas 3 safras”, diz.

Figura 1 e 2
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Figura 3 e 4
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Tabela
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No milho, o aumento esperado do rendimento não deve ser capaz de compensar a redução da área plantada, então a relação estoque/uso do milho americano poderá ser a segunda menor das últimas 9 safras. O estoque final esperado para a safra é de 33,8 milhões de toneladas, levando a uma relação estoque/uso de 9%.

“No lado da demanda, também entendemos que as estimativas do USDA estão em linha com os fundamentos -- apontando para menos exportações e utilização do milho para a produção de etanol e aumento da demanda para ração. O provável restabelecimento da Ucrânia no fluxo global e os altos estoques de etanol nos EUA corroboram essa visão”, acrescenta o especialista.

Confira aqui o relatório completo

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