Tecnologias digitais aumentam a eficiência do manejo integrado de pragas
Tecnologias digitais associadas ao manejo integrado de pragas reduziu a aplicação de inseticidas gerando economia e menor impacto ambiental
Um cenário de crescimento da cadeia de grãos foi apontado pelo analista Gustavo Spadotti, da Embrapa Territorial, em palestra na XI Reunião de Tecnologia para a Produção de Soja, promovida pela Associação do Engenheiros Agrônomos de Londrina e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), via Youtube, em 3 de setembro. Já para o próximo ano, a expectativa é o País colher 278 milhões de toneladas de soja e milho, um crescimento de quase 8% em relação a este ano, disse o supervisor.
A este aumento de volume soma-se a valorização das commodities, acima da alta do dólar, no caso da soja. Spadotti acredita que os rendimentos obtidos pelos agricultores serão reinvestidos na produção. “Esse caixa feito neste ano vai ser reinvestido e trazer mais benefícios para o agronegócio e divisas para o País”, avaliou, lembrando que o setor rural foi o único que cresceu no Brasil, durante a pandemia de coronavírus. “No pior trimestre, no pior ano da nossa história recente, no meio de uma pandemia, o agronegócio brasileiro conseguiu prosperar”, constatou.
Em que pese a obtenção desses resultados, a competitividades dos produtos agropecuários brasileiros pode melhorar. Para isso, o investimento em infraestrutura logística, especialmente vias para escoamento mais eficiente das safras até os portos, é uma dos principais caminhos, apontou Spadotti. Ele apresentou o Sistema de Inteligência Territorial Estratégica da Macrologística Agropecuária Brasileira, desenvolvido pela Embrapa Territorial, e mostrou que, no Paraná, o prolongamento da ferrovia Ferroeste favoreceria não só o envio de produtos para o exterior, mas também a entrada de fertilizantes no País.
O analista ainda mostrou dados de atribuição, uso e ocupação da terras no Brasil, que apontam a participação do mundo rural na destinação de áreas à preservação da vegetação nativa, com 218 milhões de hectares, o equivalente a 25,6% do território nacional. Na tela principal do evento, o moderador, Rodrigo Tramontina, também exibiu gráfico com os dados levantados pela Embrapa Territorial. Especificamente para a soja, Spadotti mostrou um estudo da unidade de pesquisa que aponta grandes áreas destinadas à preservação da vegetação nativa nas propriedades mesmo em municípios com elevadas colheitas de soja, como é o caso de Guarapuava, no Paraná. Na avaliação dele, esse é um indicativo de como produção e preservação “andam de mãos dadas”.
A temática ambiental também foi tratada no encontro por Blairo Maggi, ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. “Para mim, a sustentabilidade é a chave que vai determinar quanto tempo o Brasil vai ficar nesse progresso da agricultura”, declarou. Além dele também palestraram no evento Marcelo Batistela, responsável global por excelência em negócios da BASF, Marcelo Batista, professor da Universidade Estadual de Maringá e Osvaldo Danhoni, presidente do CREA-PR.
Mais de 1200 pessoas acompanharam a transmissão do evento ao vivo pelo Youtube. Clique aqui para assistir.
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