RS Safra 2025/26: semeadura do arroz entra na fase final
De acordo com a Emater/RS, restam por semear menos de 5% da área projetada de 920.081 hectares
A bactéria Xanthomonas citri, causadora do cancro-cítrico, ativa partes do programa de maturação de frutos em folhas de citros para obter nutrientes e acelerar sua multiplicação. O mecanismo permite crescimento até cem vezes maior do patógeno dentro do tecido vegetal. A descoberta ocorreu em estudo liderado pela Universidade de Tübingen, na Alemanha.
A infecção bacteriana provoca manchas marrons e pústulas em folhas e frutos, causa queda precoce e gera perdas expressivas de produção. O novo estudo detalha como a bactéria supera a barreira da parede celular vegetal, rica em carboidratos, mas de difícil acesso para microrganismos.
Segundo os pesquisadores, Xanthomonas citri injeta proteínas efetoras nas células da planta por meio de um sistema semelhante a uma seringa. Uma dessas proteínas alcança o núcleo celular e ativa um regulador que normalmente coordena a maturação dos frutos. Com isso, genes ligados ao amolecimento dos tecidos e à liberação de açúcares entram em ação em folhas, ambiente incomum para esse processo.
A análise de sequenciamento revelou forte semelhança entre os genes ativados em folhas infectadas e aqueles expressos durante a maturação natural dos frutos. O patógeno passa a contar com açúcares livres exatamente no local onde se multiplica, o que garante vantagem nutricional clara.
O trabalho também descreve a atuação integrada de proteínas bacterianas de diferentes sistemas de secreção. A ativação do programa de maturação estimula a degradação da xilana da parede celular e aciona mecanismos bacterianos para uso desse açúcar, formando um ciclo que sustenta a infecção.
Outras informações em doi.org/10.1126/science.adz9239
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