Plantio do milho no RS chega a cerca de 80% da área estimada
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Podemos dizer que pode estar no processo de pulverização de insumos agrícolas a chave para o aumento da produtividade da próxima safra de cana-de-açúcar. Com as previsões anunciadas para a próxima temporada, revelando o impacto direto dos resultados da gestão de recursos hídricos do País, somados ao cenário conjuntural climático, situações que podem fugir ao controle dos produtores, a aplicação de defensivos agrícolas, fertilizantes e maturadores assume novo protagonismo para a administração da produtividade.
De acordo com a União da Indústria da Cana de Açúcar (Única), a retração na produtividade agrícola do atual ciclo foi de 12,8%, com 86,1 toneladas por hectare registradas no último ano vis-à-vis a 75,1 t/ha observadas na safra atual. A primeira e segunda geada ocorrida nos meses de inverno, bem como os problemas com pragas, afetaram cerca de um milhão de hectares, cerca de 11,9% da área disponível para colheita na safra 2021/2022, ou 26,9% da área a ser colhida até o final do ciclo agrícola atual.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) previu, em seu 2º Levantamento da Safra de Cana-de-Açúcar 2021/22, produção de 592 milhões de toneladas da planta. O resultado apresenta uma redução de 62 milhões de toneladas de matéria prima, se comparada à safra 20/21. A entidade responsabiliza as grandes estiagens anunciadas para o próximo ciclo produtivo, além das pragas.
Além disso, segundo o Instituto de Pesquisa e Educação Continuada em Economia e Gestão (Pecege), os gastos fixos ainda são os grandes vilões da lucratividade do setor. Na região Centro-sul, por exemplo, o custo médio total é de R$110,70 por tonelada, enquanto no Norte-Nordeste o produtor gasta R$113,39 a cada tonelada produzida.
Quanto mais equipados, informados e estratégicos estiverem os produtores, com as tecnologias mais avançadas e competentes no enfrentamento dos desafios da produção, melhor para alavancar os resultados em 2022. A saída fica pela utilização mais inteligente dos insumos da produção e pelo aumento da produtividade.
“O gerenciamento da pulverização aérea, por exemplo, é uma das alternativas exploradas pelo mercado para projetar as ações de segurança e garantir menos perdas no período de colheita. Municiado com informações o produtor consegue desenhar toda a rota percorrida pela safra, antecipando e construindo decisões que o aproximam de uma alta produtividade que o fazem gastar menos com insumos”, explicou Diogo Araujo, Desenvolvimento de Negócios da Perfect Flight, plataforma de gestão e rastreabilidade de pulverização aérea.
Somado a isso, a expectativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é que a demanda pela cana-de-açúcar, também em outros segmentos da economia, poderá ser maior, considerando a retomada da rotina nas cidades, após a vacinação total da população. Por isso, a importância de elevar a produção para atender à procura e evitar aumentos.
Por isso, o manejo de insumos agrícolas com inteligência e tecnologia torna-se importante. Não apenas para manter a safra equilibrada em relação a produtos químicos e biológicos, ou para atacar os problemas com eficiência, oferecendo proteção ao plantio, com redução de custos. Mas também para preservar os recursos hídricos e fazê-los aliados em situações de extrema estiagem. Uma vez que o gasto de água é menor, é possível reorganizar e aproveitar melhor o uso em outras etapas do processo de produção.
“Com a recuperação da safra, iremos também observar uma queda no preço final do produto, pois será possível atender às demandas com estoque cheio, menos gastos e, consequentemente, preço baixo. A revolução tecnológica pela qual passa o campo, a cada ano, é essencial para o enfrentamento de complexidades, pois as tecnologias conseguem oferecer dados e previsões ao produtor, que poderá se movimentar pelos cenários, driblando ou equacionando eventuais dificuldades.”, complementou, Diogo.
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