Papel da entomologia no cultivo do algodão será tema de debate no 14º CBA

Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) 2024 acontece entre os dias 03 e 05 de setembro, em Fortaleza (CE)

20.06.2024 | 14:09 (UTC -3)
Catarina Guedes
Foto: Bruna Mendes Diniz Tripode
Foto: Bruna Mendes Diniz Tripode

A entomologia, ramo da biologia que estuda os insetos, será um dos eixos temáticos do 14º Congresso Brasileiro do Algodão (14º CBA). Mesmo quem não é do ramo, mas conhece alguma coisa sobre a cultura, sabe que o grande inimigo das lavouras de algodão no Brasil é justamente um inseto, o besouro conhecido como bicudo do algodoeiro, que chegou por aqui em meados dos anos de 1983, e, de lá para cá, tem sido controlado, mas jamais erradicado. Mas o bicudo não atormenta sozinho a vida do cotonicultor, por isso o congresso deu lugar de destaque para essa e outras pragas, que atentam contra a produtividade do produtor, em palestras, salas temáticas e workshops com grandes nomes do setor. O 14º CBA é uma realização da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e será sediado entre os dias 03 e 05 de setembro de 2024, na cidade de Fortaleza (CE).

De acordo com a pesquisadora da Fundação MT, Lúcia Vivan, a entomologia desempenha um papel crucial no cultivo do algodão, e está na base de muitas decisões que o cotonicultor faz em seu dia a dia, na estratégia de Manejo Integrado de Pragas (MIP). “No caso do bicudo, isso passa pela definição do número de aplicações de defensivos, pelo uso das ferramentas digitais, , pela destruição das soqueiras e tigueras e cumprimento do vazio sanitário, além da gestão de resistência e muitos outros fatores”, diz a pesquisadora.

Dra Lúcia antecipa que uma das grandes expectativas para o 14º CBA é o controle biológico  contra o bicudo. “Trata-se de algo muito desafiador, porque o que desponta como uma possível nova arma é, exatamente, um inseto. Como fazê-lo sobreviver em campo, mesmo com as aplicações que o controle do bicudo demanda? São respostas que estão sendo buscadas e o congresso é o cenário ideal para essas discussões”, adianta.

Sob o guarda-chuva da entomologia também estão as lagartas que, ao contrário do besouro, são um problema para todo o sistema de produção. “Os lepidópteros estão presentes também na cultura do milho e da soja. O mesmo vale em relação à mosca branca e ao tripes. Em alguns estados produtores do país, a paisagem traz todos esses quase simultaneamente. Por isso, no 14ºCBA, especificamos uma sala para a ‘entomofauna’ no sistema”, explica. Ainda de acordo com a pesquisadora, o produtor e suas equipes, que participarem do 14º CBA, terão acesso a informações importantes para o manejo da cultura.

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