Defesa Sanitária de Rondônia promove fiscalização em áreas de cultivo de soja

Objetivo é garantir que o sojicultor cumpra o período de 90 dias sem plantar ou manter plantas vivas de soja no campo

19.06.2024 | 15:23 (UTC -3)
Idaron
Foto: Esio Mendes
Foto: Esio Mendes

Com a vigência do vazio sanitário da soja, período contínuo de 90 dias em que não se pode plantar ou manter plantas vivas de soja no campo, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) iniciou esta semana o trabalho de fiscalização nas áreas de cultivo do grão, para impedir o avanço do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem-asiática, uma praga de difícil controle que representa séria ameaça a produção e à economia.

O trabalho de fiscalização envolve profissionais de todas as unidades da Idaron, em todo o estado, e conta com a utilização de informações geográficas dinâmicas, obtidas por satélite e por tecnologia de georeferenciamento. “A Agência mantém um banco de dados com todas as informações das regiões em que há o plantio de soja. Com essas informações em mãos, os profissionais da Idaron traçam rotas diárias e seguem de carro, registando por fotos a atual situação de todas as propriedades rurais que atuam na sojicultura”, explica o gerente de inspeção e defesa sanitária vegetal, Jessé de Oliveira.

Sobre o vazio sanitário, Jessé explica que essa medida fitossanitária é uma das principais ações para o controle da ferrugem, sendo a ferramenta mais importante para mitigar a ocorrência da doença, uma vez que, sem a presença da planta, principal hospedeiro da praga, é possível reduzir a quantidade de esporos presentes no ambiente e, consequentemente, atrasar o aparecimento e desenvolvimento do fungo.

Para o governador do Estado, Marcos Rocha, o trabalho desenvolvido pela Agência Idaron é fundamental e deve contar com a colaboração de todas as entidades ligadas ao setor, visto que a soja é um dos principais produtos da cadeia produtiva de Rondônia, responsável por uma importante fatia da economia rondoniense. “Vale destacar que a exportação dos grãos de soja ocupa o segundo lugar no ranking do estado de Rondônia, perdendo apenas para a economia gerada pela pecuária, então, proteger esse setor é primordial tanto para o produtor quanto para o governo”, destaca Marcos Rocha.

O presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres alerta que a ferrugem-asiática pode causar perdas de 10% a 90% da produção e que o vazio sanitário da soja tem como base o Programa Nacional de Controle da Ferrugem-Asiática da Soja (PNCFS), instituído no âmbito do Ministério da Agricultura (Mapa). “Os proprietários, arrendatários ou detentores a qualquer título de áreas que foram cultivadas com soja podem e serão responsabilizados caso seja detectado em suas áreas de plantio a presença de plantas vivas de soja, sejam elas cultivadas ou voluntárias”, acentua Julio Peres.

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