Estudo avalia crescimento de planta importante para regeneração de do cerrado norte-mineiro
Duas das maiores e mais pujantes economias emergentes da atualidade, China e Índia estão no centro das atenções do sistema econômico mundial, e o motivo está no enorme potencial de produção e geração de riquezas que ambos os países vêm demonstrando entre as novas potencias.
A China, considerada o gigante da Ásia, é dona de uma população estimada em 1,35 bilhão de habitantes, forte na produção industrial e com enorme potencial de consumo de alimentos e fontes de energia oriundas do agronegócio; enquanto que a Índia, também com seus 1,16 bilhão cidadãos desponta com grande potencial de produção de carne bovina e que devido questões ligadas à religião local, contrária ao consumo doméstico desse produto, é vista como grande exportador em potencial, juntamente com Brasil, Estados Unidos, Austrália e Argentina.
Segundo Sérgio De Zen, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada Cepea/USP, a consolidação do BRIC, principalmente do Brasil, Índia e China, representa para a economia mundial uma saída para novos mercados e por isso creditado por muitos, como a salvação do modelo capitalista vigente na última crise. Crescente renda, população, áreas para cultivo e criação de alimentos, são algumas das características que irão permitir a contínua circulação de divisas e novas oportunidades de negócios para todos os setores, inclusive o agropecuário, que necessita prover o mundo de alimentos.
Para entender melhor como se desenvolve a cadeia do agronegócio de China e Índia, em especial sobre o sistema da pecuária de corte, a 3ª Conferência Internacional de Confinadores Interconf convidou os especialistas K. N Nair, do Centro de Estudos de Desenvolvimento, de Kerala/Índia e Dong Wang, da Macquarie Generation/China para apresentar uma visão geral da situação atual da produção de carne em seus países e como cada economia vislumbra uma participação no comércio mundial no futuro.
Sérgio De Zen, também responsável técnico pela elaboração do conteúdo da programação da 3ª Interconf, explica que a ideia de trazer ao Brasil um especialista chinês e outro indiano foi mostrar detalhes da cultura de produção e comercialização de produtos agrícolas desses países apresentados por especialistas que conhecem como ninguém a região.
Na palestra preparada por K. N Nair (Índia), a ênfase será nos contrastes existentes entre a cultura local e a expansão da produção nos diferentes setores da economia indiana que vem se notabilizando como grande mercado produtor e exportador de carne. A ideia é transmitir ao público a real condição da cadeia de pecuária bovina na Índia e responder a uma questão central. Afinal, o país será mesmo um concorrente ou não do Brasil no médio, curto e longo prazo?
Com o título “Compreendendo a produção de carne chinesa”, o economista Dong Wang (China), apresentará um panorama do mercado doméstico chinês e suas implicações para a indústria da carne bovina brasileira. O foco será a produção regional, incluindo as raças, as atuais políticas e métodos de produção. Por fim, o especialista abordará as necessidades e características da maior potência e mercado consumidor do mundo.
A mensagem relacionada ao painel novos mercados que deve ficar para o público da Interconf diz respeito às oportunidades que este novo ambiente de negócios mundial oferece, muitos deles atrativos ao investidor brasileiro, e principalmente a inserção do Brasil no novo cenário econômico e pecuário mundial. “Queremos obter respostas para as seguintes perguntas: Qual a nossa real situação perante novos mercados, como a Índia? O que podemos conquistar? Até onde nossa produção poderá suprir as necessidades da demanda mundial, entre elas a da China? São questões que devem estar presente e precisam ser esclarecidas ao público e principalmente aos tomadores de decisão de toda a cadeia: desde o produtor até o governo”, finaliza De Zen.
Em 2010 a Interconf acontecerá em dois dias, com palestras e painéis no auditório do espaço de eventos Oliveira's Place em Goiânia (GO). O início será com o painel apresentado pelo atual vice presidente da FAPRI, especialista em economia global, Jay Fabiosa, que discorrerá sobre a importância de otimizar recursos na produção e processamento de alimentos no mundo, já pensando no futuro.
No painel sobre regulatórios e competitividade serão debatidas estratégias e novas ideias que visam beneficiar os produtores e o mercado. O objetivo é comparar o impacto econômico das principias tecnologias disponíveis para melhorar o desempenho dos bovinos em confinamento e evidenciar as diferenças entre regras que definem o que está disponível aos produtores no Brasil e o cenário vigente nos principais países produtores de carne do mundo.
No painel sobre tecnologia, além das palestras sobre floculação de milho, mineralização e processamento de foragem ocorrerá a apresentação de dois grandes confinadores, um brasileiro e outro americano, falando sobre os desafios de gestão e tecnologia envolvidos com a atividade nestes dois países.
O painel sobre a evolução do mercado brasileiro debaterá o que significa a carne bovina para o supermercado, restaurante e cozinha industrial. A intenção é mostrar ao produtor qual é o tratamento e a visão de quem compra carne para comercializá-la no Brasil.
As discussões sobre mercado vão além da importante atualização sobre o mercado mundial e o cenário brasileiro. Este ano teremos a oportunidade de ouvir especialistas vindos da China e da Índia e tentar entender se estes dois países são nossos clientes ou nossos concorrentes ou ainda as duas coisas.
Para finalizar, o Interconf 2010 contará com a participação de representantes oficiais dos principais candidatos a presidência da república que deixarão suas opiniões, estudos e mostrarão projetos futuros e planos de governo com relação à produção de carne bovina.
Mais informações:
Texto Assessoria de Comunicações
Tel. (11) 2198-1888
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