Estudo avalia crescimento de planta importante para regeneração de do cerrado norte-mineiro

12.08.2010 | 20:59 (UTC -3)

Conhecida popularmente como fava d’anta, a Dimorphandra mollis Benth. tem reconhecidas propriedades medicinais, sendo seu principal princípio ativo a rutina, que age no fortalecimento de vasos capilares. Mas no cerrado norte-mineiro, este não é o único valor da planta, que vem sendo avaliada na regeneração de áreas degradadas do cerrado. Esse é o foco da pesquisa realizada pelo engenheiro agrônomo Manoel Ferreira de Souza, que originou a dissertação defendida no último dia 11 dentro do programa de mestrado em Ciências Agrárias do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFMG.

O experimento foi realizado na comunidade de Olhos d´Água, no município de Montes Claros, onde muitas famílias de agricultores familiares buscam uma renda extra no extrativismo da planta. A pesquisa avaliou a sobrevivência e o crescimento da fava d´danta em semeadura direta em área de cerrado – e não em casas de vegetação, como acontece com a maior parte dos experimentos do tipo –, adubada com esterco bovino e fosfato natural. Entre dezembro de 2008 e dezembro de 2009, foram testados quatro tratamentos: com esterco, com fosfato, com os dois adubos juntos e sem adubação. O crescimento das plantas foi avaliado em termos de altura, diâmetro do colo (base do caule) e quantidade de folhas. Além de comparar os quatro tratamentos entre si, o estudo avaliou o desempenho de cada cultivo em quatro períodos de três meses.

“Apesar de ser uma planta do cerrado, acostumada com solos pobres, a fava d´anta mostrou um bom desempenho com a adubação”, comenta Manoel. Os melhores resultados foram obtidos com a associação de esterco e fosfato. Segundo o pesquisador, o objetivo é devolver esses resultados à comunidade e mostrar que a fava d´anta semeada diretamente no campo com adubação é uma boa alternativa para a recuperação de áreas degradadas de cerrado.

Mais informações: Manoel Ferreira de Souza, tel. (38) 9906-6996, e-mail

Juliana Paiva

Assessoria de Comunicação do Instituto de Ciências Agrárias - UFMG

(38) 2101.7773

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