Oeste da Bahia e Zona da Mata nordestina: jóias da biodiversidade

20.03.2009 | 20:59 (UTC -3)

No final do ano passado, a Monsanto e a ONG Conservação Internacional (CI-Brasil) firmaram uma parceria para investimentos de US$ 13 milhões, nos próximos cinco anos, em projetos de preservação ambiental no Oeste da Bahia (Corredor de Biodiversidade Jalapão-Oeste da Bahia, no Cerrado,) e na Mata Atlântica do Nordeste (Corredor de Biodiversidade do Nordeste, na Mata Atlântica).

O objetivo é desenvolver ações práticas de combate ao desmatamento ilegal e a extinção de espécies, e incentivar o cumprimento das leis ambientais nas áreas agrícolas dessas regiões. Para implementar as atividades previstas, CI-Brasil e Monsanto trabalharão em parceria com as ONGs locais Instituto Bioeste, no Cerrado, e Cepan (Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste), na Mata Atlântica. Mas por que o foco nessas duas regiões? E o que elas representam para a natureza brasileira?

Em primeiro lugar, porque Cerrado e Mata Atlântica são considerados hotspots de biodiversidade, ou seja, estão entre as 34 áreas identificadas pela CI como as mais ricas em fauna e flora e, ao mesmo tempo, as mais ameaçadas do mundo, já tendo perdido 75% ou mais de sua vegetação original.

Para se ter uma idéia da dimensão desses corredores, basta dizer que só o Jalapão-Oeste da Bahia tem aproximadamente 5,5 milhões de hectares. Equivale a cerca de 5,5 milhões de campos de futebol. Essa área reúne o Parque Estadual do Jalapão, o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, a Estação Ecológica da Serra Geral do Tocantins, a Área de Proteção Ambiental Estadual do Jalapão e a Reserva Particular do Patrimônio Natural Minnehaha.

Como no oeste da Bahia boa parte das terras pertence a proprietários privados, são eles o público-alvo da parceria. “Os recursos da parceria serão usados justamente no mapeamento das propriedades rurais, visando subsidiar os produtores no cumprimento do Código Florestal, nas pesquisas científicas necessárias para o conhecimento da biodiversidade, e nos estudos e ações necessárias para a proteção das espécies ameaçadas”, diz Paulo Gustavo Prado, diretor de Política Ambiental da CI-Brasil.

Por sua vez, o Corredor de Biodiversidade do Nordeste, que se estende de Alagoas ao Rio Grande do Norte, abrange uma das áreas de Mata Atlântica mais ricas em espécies endêmicas, isto é, que somente ocorrem ali e em nenhum outro lugar do mundo. No entanto, esta é também considerada uma das áreas mais críticas de todo o bioma, visto que restam poucos fragmentos da floresta original em meio à paisagem agrícola, há séculos dominada pelo cultivo da cana-de-açúcar.

O objetivo é reduzir essa ameaça com a implementação de atividades de reflorestamento de vegetação nativa, e de proteção dos remanescentes florestais. Na região, a CI-Brasil e a Monsanto, atuarão com os proprietários de terras, sindicatos de produtores de açúcar e álcool, governos estaduais e ONGs locais.

“Como estaremos em contato direto com proprietários rurais em paisagens agrícolas, a Monsanto apresenta-se como uma aliada na conservação da biodiversidade, assunto de especialidade da Conservação Internacional. Portanto, trabalhando juntas, podemos estimular mudanças positivas e influenciar a aplicação de melhores práticas ambientais ao longo da cadeia agrícola”, diz Gabriela Burian, gerente de Responsabilidade Ambiental da Monsanto.

Corredor de Biodiversidade

Corredor de biodiversidade é uma grande área de extrema importância biológica que reúne uma rede de áreas protegidas entremeadas por outras formas de uso da terra. A estratégia do corredor é utilizada para fins de planejamento e conservação, prevendo o manejo integrado para garantir a sobrevivência das espécies, a manutenção dos processos ecológicos e o desenvolvimento de uma economia regional forte, baseada no uso sustentável dos recursos naturais.

Fonte: Monsanto -

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