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A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) acaba de divulgar o Relatório de Gestão 2003-2010 com os principais resultados obtidos no período. E o Relatório apresenta um quadro bastante positivo para a Empresa, que reflete diretamente em toda a sociedade, pois os bons resultados da EPAMIG significam bons resultados relacionados ao desenvolvimento de tecnologias para o progresso da agropecuária mineira, que possibilitam cada vez mais melhor produção e qualidade dos alimentos que todos consumimos diariamente.
Esse período também foi, inicialmente, de recuperação da Empresa nas áreas administrativa e financeira e foi positivo também para os empregados da EPAMIG. Dentre as ações na área de Recursos Humanos, destaca-se aumento salarial médio, de 2003 a 2010, de 78,59%, mediante Acordos Coletivos de Trabalho.
O Relatório de Gestão evidencia a ampliação de todas as fronteiras técnicas e administrativas da EPAMIG, com destaque para presença maior da Empresa no território mineiro, pois passou de 20 para 28 Fazendas Experimentais, criou cinco Núcleos Tecnológicos (Azeitona e Azeite; Batata e Morango; Florestas; Floricultura; Uva e Vinho) e mais duas Estações Experimentais durante esse período. As áreas de pesquisa foram expandidas, com o aumento do número de pesquisadores, que passou de 138 em 2003 para 193 em 2010, e a grande oferta de produtos tecnológicos. A captação de recursos para pesquisa foi largamente ampliada, dando margem ao incremento do volume de projetos. Uma nova metodologia de gestão das Fazendas foi implementada, com maior participação dos municípios, com vistas às demandas regionais. Renovação de edificações, reestruturação da área laboratorial, renovação e aumento da frota de veículos despontam entre as melhorias estruturais da EPAMIG.
Com relação aos projetos de pesquisa elaborados, em 2003 foram 96 e em 2010, 286 projetos. Em reais, significa: R$11,2 milhões em 2003 e R$23,2 milhões em 2010. Projetos de pesquisa em execução: 130 em 2003 e 340 em 2010. Em reais, R$ 4,7 milhões em 2003 e R$ 21,8 milhões em 2010. Em 2003 foram concluídos 29 projetos de pesquisa e nesse ano que termina, 77 projetos. Já os eventos tecnológicos passaram de 396 em 2003 para 1326 em 2010.
O diretor de Operações Técnicas, Enilson Abrahão, destaca o sucesso das pesquisas com oliveiras, com a primeira extração de azeite extravirgem no Brasil, feita pela EPAMIG em 2008; o lançamento de novas cultivares de café; intensificação dos treinamentos destinados à extensão rural; da nova bebida láctea que está sendo patenteada pelo Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT): “Essas são algumas das muitas ações que dão uma noção da qualidade e do tamanho do trabalho que está sendo realizado pela EPAMIG”, disse o diretor.
O presidente da EPAMIG também destacou o Plano Diretor do Cândido Tostes para os anos 2005-2010 que contém, dentre outras ações, reforma da fábrica-escola e reforma geral da rede física; construção da Estação de Tratamento de Efluentes; reforma administrativa e aquisição de veículos; aumento da produção e venda de produtos lácteos; consolidação do Curso Técnico de Laticínios; curso superior e mestrado; Centro de Treinamento de Produtores de Queijo; implantação do Museu Nacional do Leite; aumento das atividades de pesquisa; aumento das atividades de transferência de tecnológica; ampliação do Congresso Nacional de Laticínios.
Outro destaque foram as aquisições em 2008 com recursos do Plano de Sustentabilidade Financeira (PSF): Com tratores e veículos/máquinas e implementos foram investidos R$ 2.824.279,99. Já em instalações, animais, insumos, o investimento foi de R$ 3.166.234,30. As aquisições em 2009 foram conseguidas com recursos do PAC-Embrapa-OEPAS-Consepa: Foram comprados 61 veículos e investidos R$ 3.295.437,81, dentre outras aquisições.
De acordo com Baldonedo, o crescimento da EPAMIG nesses oito anos foi possível devido ao bom momento vivido pelo estado de Minas Gerais e todo o trabalho foi realizado com base nas diretrizes delineadas pelo Planejamento Estratégico da Empresa, que começou a ser implantado no final de 2004.
O início da gestão, em 2003, não foi fácil, segundo Baldonedo: “Nós recebemos a EPAMIG numa situação muito difícil, pois a Empresa tinha uma dívida trabalhista de R$60 milhões, que vinha desde 1987, e um patrimônio de R$11 milhões. A consequência disto foi que todo o patrimônio da Empresa, ou seja, fazendas experimentais, sede, veículos e máquinas, laboratórios, tudo estava penhorado como garantia do pagamento dessa dívida e todas as contas bancárias bloqueadas. Além do mais, nós tínhamos uma dívida de R$20 milhões com INSS, FGTS e Imposto de Renda. O resultado de tantas dívidas, durante quase vinte anos, foi o sucateamento da Empresa, uma situação de desânimo, falta de confiança e de perspectiva entre os empregados. A situação era dramática. Mas, a partir de 2003, saneamos as finanças da Empresa e restabelecemos a sua capacidade de produzir pesquisas tecnológicas, que são a retaguarda sólida do desenvolvimento agropecuário do Estado”, explica Baldonedo.
Fonte: Ascom EPAMIG
(31) 3489.5022
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