Exportações do agronegócio alcançam US$ 7,97 bi em março
Mais de 500 pessoas estiveram presentes em ao menos um dos três dias do 4º Encontro Internacional de Fertilidade e Nutrição Vegetal (NutriAção). Realizado na Fazenda Mutuca, em Arapoti (PR), o encontro foi promovido pela empresa de fertilizantes Agrichem e teve como objetivo reunir produtores, pesquisadores e empresários da área agrícola para debater o que há de mais moderno para melhorar a produtividade e a qualidade no campo.
O encontro contou com representantes de todas as regiões do Brasil e também da Argentina, Paraguai e Uruguai. Entre os tópicos abordados no evento, estiveram: Manejo físico de solo e nutrição em milho; Indução, nutrição e sanidade de plantas; Tratamento de sementes e aplicação de macro e micronutrientes via solo; Estação NPK líquido; e Arranjo espacial de plantas, tecnologia de aplicação e manejo nutricional.
Considerada modelo em produtividade no Brasil, a Mutuca foi escolhida para sediar o evento anualmente da parceira Agrichem. Ela trabalha com 2.870 hectares de culturas de soja e milho no verão e 2.475 hectares de trigo no inverno. Para se ter uma ideia, a Fazenda registra rendimento médio de 103 sacos/hectare de soja, enquanto a média nacional fica em torno de 50 sacos/ha.
José Ribeiro, diretor comercial da Agrichem, comemorou a presença de todos os convidados no evento. Ele reforçou que a participação no NutriAção evidencia a profissionalização do produtor latino-americano. “Quem vem para o NutriAção é aquele que está preocupado com a produtividade, quer aumentá-la e vem em busca de conhecimento. São esses que vão permanecer no futuro. O mercado já foi tirando alguns aventureiros ao longo dos anos, que entravam no negócio apenas para fazer um dinheiro extra, mas não sabiam mexer com a área. Hoje está ficando quem é profissional e realmente administra a própria fazenda.”
Perguntado sobre a produtividade brasileira, José Ribeiro analisa que o país já tem acesso a produtos de ponta, mas ainda tem pontos a melhorar. “Temos uma genética de primeiríssima em termos de controle de doenças, defensivos, fungicidas, etc. Nossa molécula é de primeiro mundo e o que falta hoje para o produtor ganhar dinheiro é melhorar na parte da nutrição e manejo. Por isso, nós trazemos a experiência da fazenda Mutuca, que é líder na produção, como aliada da Agrichem, que tem um programa de nutrição muito interessante. Se o produtor realmente investir e acreditar, ele poderá atingir o mesmo retorno”, completa o diretor comercial da Agrichem.
Quem participou do evento, em 2013, foi surpreendido esse ano por um NutriAção ainda mais prático. “Fizemos uma pesquisa ao final de cada apresentação no ano passado, para compreender o que os produtores e empresários demandavam. Então, esse ano, diminuímos a parte teórica e fomos direto para o campo e observamos que o retorno foi muito positivo”, afirma José Ribeiro.
Na prática
Hugo Boretto, proprietário de uma fazenda na Argentina, esteve pela primeira vez no NutriAção. “O que mais me chamou a atenção é a altíssima produtividade que tem neste campo, a organização do evento e, sobretudo, a tecnologia que se está aplicando no Brasil”, afirma Boretto.
Ele revela que utiliza alguns dos produtos da Agrichem, como Reforce, Maxi Zinc e Cobalto e já pôde sentir a diferença. “Na Argentina, a adaptação ao produto é um pouco mais lenta que no Brasil, mas a performance é muito boa”, constata.
Participante desde a primeira edição do NutriAção, Paulo Zanco, proprietário de uma fazenda no Rio Grande do Sul e revendedor Agrichem, conta que faz questão de vir ao evento, pois ano a ano retorna com novos conceitos para melhorar a produtividade de suas terras. “A Mutuca já é uma referência no país, então quando falamos para os nossos clientes das tecnologias que vimos aqui, fica mais fácil introduzi-las no dia a dia deles também. Desde o espaçamento à questão da nutrição, tem uma série de tópicos que a gente acaba tendo experiência aqui e conseguindo levar para o nosso produtor com maior facilidade”. Paulo trabalha há seis anos com produtos Agrichem, como Supa Moly Como, Reforce, Cal Super e Broadacre Manganês.
Para Rosalvo Streit, proprietário de uma fazenda em Minas Gerais, o encontro na Fazenda Mutuca excedeu as expectativas. “A gente ouve comentários e fica curioso para vir. Para mim foi uma surpresa muito agradável e as palestras poderiam ser até mais longas, principalmente a de perfil do solo, o evento é muito bom. Com certeza vou levar algumas das técnicas que vi aqui para agregar na Fazenda”.
Dentre os produtos que ele já utiliza, estão Nitamin, Cal Super e Boro. “Conheço uma boa parte dos produtos, faz dois anos que estou usando, e já estou tendo melhoras em minha produtividade. No milho, por exemplo, percebi um acréscimo de 5 a 6 sacos a mais por hectare e, no feijão, 6 sacos por hectare.”
Segunda vez no NutriAção, Alexandro Canarama, produtor do Mato Grosso, revela que voltou ao evento devido a “qualidade de informação e as novidades, principalmente na parte nutricional”. Na primeira vez em que esteve na Mutuca, ele aproveitou para levar alguns conceitos sobre calagem para sua plantação e está começando a colher os resultados. “Sou revenda também, comercializo e sou usuário, então vendo o que sei que é bom”, conta Alexandro, que pretende este ano levar mais detalhes da parte de calagem para suas terras.
Para a Sementes Mutuca, o evento é uma oportunidade excelente para discutir o agronegócio com profissionais interessados em aprimorar a produção. “Esse encontro nos permite estar em contato com o que está acontecendo na América Latina, e desenvolver produtos e parcerias para auxiliar cada região a enfrentar os desafios que diminuem a produtividade local. Essa troca de informações é fundamental para desenvolver soluções neste mercado, que está em constante crescimento, e garantir alimento de qualidade ao mundo”, finaliza Ely da Azambuja Germano Neto, Diretor Geral da Sementes Mutuca.
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