Domingos Martins/ES vai ter treinamento em Defensivos Agrícolas
A Swiss Re anunciou nesta terça-feira (29/09) o lançamento de um relatório temático intitulado “Apostando a fazenda? Riscos agrícolas no Brasil”.
O estudo demonstra que, embora cientes dos riscos apresentados pelas condições climáticas e pelos preços dos produtos primários, poucos agricultores brasileiros dispõem de cobertura de seguro adequada. O relatório analisa os motivos da baixa penetração do seguro e propõe medidas, tanto no campo como em nível nacional, para ajudar a desenvolver uma estrutura de seguros agrícolas mais robusta.
“O Brasil é um dos mercados agrícolas mais dinâmicos do mundo, e responde por um quinto da produção mundial de alimentos. Para que o setor agrícola alcance todo o seu potencial, é imprescindível que os produtores sejam capazes de cobrir seus riscos de produção e de preços”, afirmou Jürg Trüb, Diretor para o Meio Ambiente e Mercados de Commodities da Swiss Re. “Em virtude de sua atuação mundial nesse ramo de atividades, a Swiss Re desenvolveu as habilidades e a experiência necessárias para auxiliar o setor de seguro agrícola brasileiro nesta tarefa.”
Pesquisa identifica os riscos dos agricultores
O relatório da Swiss Re baseia-se nos resultados de uma pesquisa com agricultores brasileiros. O estudo avaliou a percepção e as estratégias de gestão de risco de 240 propriedades agrícolas de grande porte e de 30 cooperativas com mais de 130.000 membros.
Os agricultores brasileiros estão expostos a alguns riscos importantes, inclusive as condições climáticas e a volatilidade dos preços de mercado dos insumos de que precisam para as culturas que produzem. Para o futuro, citam a mudança climática e as intempéries como riscos importantes. O estudo mostra que embora plenamente cientes dos riscos, muitos agricultores não aproveitam as opções de seguro à sua disposição. A baixa penetração dos seguros foi considerada como resultante de diferentes fatores, inclusive:
* Ausência de opções de seguro criadas para atender às necessidades específicas dos agricultores, que dependem de seu modelo operacional, de suas culturas e das condições climáticas a que estão expostos.
* Falta de conhecimento acerca dos benefícios do seguro.
* Orçamento relativamente baixo para subsídios nos prêmios em comparação com outras potências agrícolas.
Soluções sugeridas
Segundo o relatório, a ausência de seguro agrícola reduz a quantidade de créditos operacionais à disposição dos produtores agrícolas. Portanto, a ampliação da penetração dos seguros é fundamental para liberar todo o potencial do setor agrícola. Entre as soluções propostas destacadas no relatório encontram-se:
* Ampliação do leque de soluções de seguro agrícola, por exemplo, com a inclusão de novas coberturas de receitas e soluções baseadas em índices.
* Estímulo ao governo para melhorar e reformular o apoio prestado, por exemplo, com o aumento do valor total de subsídios aos prêmios e do teto de subsídio por agricultor.
* Redefinição do fundo do seguro para catástrofes para estimular a participação das seguradoras.
Conclusão
O Brasil é um ator de grande destaque no mercado agrícola global. Muito pode ser feito para ajudar o país a atingir todo o seu potencial de ampliação da produção agrícola, realização de maiores ganhos financeiros e gerenciamento dos riscos enfrentados pelos agricultores. Essas metas somente poderão ser alcançadas se todas as partes interessadas colaborarem no sentido de desenvolver um mercado de seguros agrícolas robusto.
Para ver o relatório temático Betting the Farm? Agricultural risks in Brazil, visite
.
Este é o segundo relatório de uma série de relatórios temáticos sobre países agrícolas de destaque. O primeiro relatório, publicado em janeiro de 2009, abordou a instalação de uma estrutura de seguro agrícola sustentável na China.
Renato Coelho
Publicom Assessoria de Comunicação
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