Novidades da Embrapa na Casa da Tecnologia

30.08.2009 | 20:59 (UTC -3)

A Embrapa participa da Expointer 2009 na Casa da Tecnologia/MAPA com nove Unidades Descentralizadas e mais de 20 tecnologias, sendo seis delas lançamentos que serão apresentados em solenidade no dia 03 de setembro.

As unidades presentes são: Caprinos e Ovinos, Clima Temperado, Florestas, Pecuária Sul, Recursos Genéticos e Biotecnologia, Suínos e Aves, Transferência de Tecnologia, Trigo, Uva e Vinho.

Inseticidas biológicos que não fazem mal à saúde, nem ao meio ambiente estarão entre as atrações da Embrapa na Expointer. Os bioinseticidas Bt-horus e “Ponto.Final”, capazes de controlar o mosquito transmissor da dengue e lagartas que atacam culturas agrícolas, foram desenvolvidos pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF). O assunto é tema da palestra “Bioinseticida para controle de insetos” que o pesquisador Marcelo Silveira Soares apresenta no dia 31/08, às 9h, no auditório da Casa da Tecnologia/MAPA. O visitante pode con ferir também os estudos com feromônios, substâncias químicas que atuam como meio de comunicação nas espécies, que estão gerando novas formas de controle do percevejo da soja.

A Embrapa Florestas (Colombo, PR) apresenta o projeto “Florestas energéticas na matriz de agroenergia brasileira”. Uma maquete mostra desde a origem da matéria-prima florestal, em uma propriedade rural, até seus usos em forma de biocombustível. Os usos da energia gerada pela biomassa florestal são diversos: desde lenha para abastecimento de residências, propriedades rurais e pequenas indústrias até produtos de alto valor agregado obtidos por meio de processos químicos,como bioenergia de segunda geração – etanol, bio-óleo, celulignina, entre outros.

Novas cultivares de pêssego e publicações sobre citros e oliveiras é o que a Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) lança na Expointer.

A tecnologia Campo Limpo, máquina que faz aplicação seletiva em invasoras de pastagens, será apresentada pela Embrapa Pecuária Sul (Bagé, RS). Também estão a mostra espécies de forrageiras, como aveias preta e branca, azevém, trevos, cornichão, ervilhaca, alfafa, milheto e capim sudão. O trabalho com as ovelhas do gene Booroola está novamente na Expointer, com destaque para a capacitação de técnicos e certificação de reprodutores.

As principais linhas de ação do programa GENECOC, serviço de assessoria genética da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE), serão apresentadas pelo pesquisador Raimundo Nonato Lobo. O GENECOC permite ao usuário informações como estabelecer rankings de animais do rebanho mais adequados para reprodução, ou o grau de endogamia (parentesco), para evitar acasalamentos que possam gerar animais com defeitos congênitos hereditários ou problemas de adaptação ao ambiente. Cada produtor pode alimentar os dados de seu rebanho pela Internet. Atualmente, integram a base de dados do GENECOC rebanhos de nove estados brasileiros, entre Nordeste, Centro-Oeste e Sul do país.

Um equipamento que dá destino adequado a resíduos da produção animal – Incinerador de Animais - será um dos destaques da Embrapa Suínos e Aves (Concórdia/SC). Também será apresentado aos visitantes um modelo prático de cisterna, usada para captação e armazenamento da água da chuva. O lançamento é uma cartilha com recomendações para prevenção da gripe A na suinocultura. O assunto é tema do painel sobre influenza suína, que acontece no dia 31/08, na Casa da Fepagro, às 14h, com participação do pesquisador Luizinho Caron.

A Embrapa Uva e Vinho (Bento Gonçalves, RS) demonstra as principais variedades de uvas que se adaptam bem às condições climáticas dos principais pólos do Brasil. Estarão sendo apresentadas, entre outras, a 'BRS Margot', lançada em 2007, que é uma cultivar híbrida recomendada para elaboração de vinhos tinto de mesa. Ainda cultivares de uvas tintas como BRS Carmem, 'Isabel Precoce', 'BRS Cora', 'BRS Violeta', 'Concord Clone 30', 'BRS Rúbea', lançadas nos últimos anos. As variedades de uvas brancas "Moscato Embrapa" e a "BRS Lorena" foram desenvolvidas como cultivares para elaboraç&at ilde;o de vinho branco aromático. O cultivo protegido de videiras e o Cadastro Vitícola do Rio Grande do Sul também estão na Casa da Tecnologia.

O SISALERT – Sistema de Previsão de Risco de Epidemias de Doenças em Plantas – é a tecnologia exposta pela Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS) para orientar o produtor de cereais de inverno. O sistema tem base em uma plataforma que coleta dados meteorológicos, processa as informações para simulação de riscos de epidemias como giberela e brusone. Uma cultivar de trigo mais resistente às intempéries do clima é o lançamento deste ano.

SISALERT: ferramenta auxilia prever risco de doenças em plantas

A plataforma do SISALERT, projeto que reúne diferentes áreas de pesquisa para evitar prejuízos por doenças em 13 culturas nas diferentes regiões do país, está sendo apresentada na Expointer, na Casa da Tecnologia (MAPA).

O uso de Tecnologia de Informação na produção agropecuária vem crescendo muito nos últimos anos. Primeiro foi o computador, depois o GPS, o celular, até sistemas mais complexos que permitem utilizar previsões de tempo e clima para prever risco de doenças em plantas.

Segundo o coordenador do projeto, José Maurício Fernandes, o SISALERT (Sistema de Previsão de Risco de Epidemias de Doenças de Plantas) é uma plataforma que coleta dados meteorológicos, processa as informações para simulação de riscos de epidemias e distribui o alerta aos usuários. ”As doenças de plantas são dependentes do clima. O sistema permite acompanhar as condições do tempo para prever os momentos de maior risco e orientar a aplicação racional de produtos químicos”, explica o pesquisador. Através do sistema, informações como temperatura, umidade e duração do período de molhamento foliar são coletadas por estações meteorológicas da rede do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e processadas em modelos computacionais que alertam para as situações de risco. “Combinando fatores ambientais e econômicos, o sistema serve de auxílio ao produtor na tomada de decisão, orientando quanto a medidas preventivas ou mitigadoras no ataque de doenças”, diz Fernandes.

A maçã foi a primeira experiência de uso do SISALERT. Implementado há seis anos, o sistema é utilizado para previsão de cinco doenças, trazendo bons resultados na “sarna da macieira”, principal fator de desvalorização das frutas: “Com o alerta foram realizados seis tratamentos e nos pomares sem acompanhamento chegou-se a 14 aplicações, em um dos experimentos conduzidos. Prova que o sistema permitiu o controle com um menor número de pulverizações, reduzindo gastos e danos ao meio ambiente”, conta a pesquisadora do Centro de Pesquisa Pró-Terra, Rosa Sanhueza.

No controle de doenças no trigo e na cevada, o SISALERT está em uso há dois anos. A giberela, um dos maiores problemas dos cereais no Sul do Brasil, é causada por um fungo que além de causar danos diretos na formação dos grãos ainda pode deixar contaminantes conhecidos como micotoxinas, substâncias tóxicas aos homens e animais. O fungo, presente nos restos culturais, se instala na planta de trigo na fase da floração. O sistema disponibiliza ao usuário - técnicos e produtores que podem acessar de forma gratuita o site do SISALERT – o momento de maior risco para entrada da doença. O único dado que o usuário precisa informar ao sistema é a data do espigamento, ou seja, o dia em que surgiram as primeiras espigas na lavoura. Rapidamente o SISALERT informa a condição de risco para a giberela em baixo, moderado ou alto. “Como não existe aplicação curativa, precisar o momento de aplicação preventiva é determinante para a produtividade dos cereais de inverno”, lembra José Maurício Fernandes. Com o sistema já consolidado para a giberela, o próximo desafio é gerar indicadores para controlar a brusone, doença que compromete o avanço do trigo irrigado no Brasil Central.

Os resultado obtidos com o trigo e a maçã permitiram expandir o SISALERT para outras culturas, atendendo também citros, morango, pêssego, uva, tomate, batata, café e arroz. A ferramenta também está em estudo para auxiliar na tomada de decisão para o combate a ferrugem asiática da soja: “Plataformas tecnológicas para a previsão da ferrugem asiática da soja têm sido desenvolvidas nos Estado Unidos. A base é um complexo sistema de multi-camadas que geram mapas de ocorrência e de risco da doença, avaliando a dispersão e prevendo a chegada do fungo em determinadas regiões. No Brasil, o trabalho começa agora, combinando modelos de simulação com o Consórcio Anti-Ferrugem, coordenado pela Embrapa Soja, que monitora a evolução da doença em todo o país”, conclui Fernandes.

Para receber as informações sobre alertas de doenças geradas pelo SISALERT, o usuário deve se cadastrar no site

. As informações são disponibilizadas também por mensagem de correio eletrônico e celular.

Expointer: ministro apresenta cartilha sobre gripe A

O Ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, apresentou domingo (dia 30/08), na Casa da Tecnologia/MAPA, a cartilha “Gripe A – Recomendações para a prevenção na suinocultura”, elaborada pela Embrapa Suínos e Aves (Concórdia/SC).

“Estamos comemorando o discernimento da população no entendimento de que comer carne suína não pega Gripe A. O consumo de carne suína não caiu”, avalia o Ministro Stephanes e, para comprovar a simpatia pelo consumo de carne suína, seguiu para a degustação de produtos derivados da pesquisa com suínos.

A Embrapa Suínos e Aves está envolvida com a prevenção da Gripe A na suinocultura. Para isso, editou uma cartilha com recomendações para a prevenção da doença, explicando aos suinocultores sobre o que é a Gripe A e quais medidas devem ser adotadas para garantir a saúde das pessoas e dos rebanhos de suínos nas granjas. O documento será lançado no próximo dia 3 de setembro, durante a Expointer 2009, que ocorre em Esteio/RS.

O conteúdo da cartilha está acessível também na internet, na página eletrônica da Embrapa Suínos e Aves (

). De acordo com o chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Dirceu Talamini, as condições do rebanho brasileiro são muito boas em todo o território nacional e não há qualquer registro sobre a presença do vírus da gripe A em granjas. “Mas é bom que sejam tomadas medidas preventivas, pensando primeiramente na saúde das pessoas que atuam na suinocultura”, explicou.

A cartilha elaborada pela equipe de Sanidade em Suínos da Embrapa Suínos e Aves apresenta as principais recomendações de biosseguridade para reduzir os riscos de transmissão do novo vírus da Influenza A/H1N1 entre pessoas e suínos. O material é voltado, especialmente, para produtores de suínos, porém contempla também recomendações para técnicos, médicos veterinários, extensionistas, transportadores de ração e outros profissionais que têm relação com as propriedades que criam suínos.

O documento, que foi solicitado durante uma reunião no início de agosto em Concórdia entre a Embrapa, a Secretaria da Agricultura de Santa Catarina e o Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina, apresenta ainda o que é a doença e sua situação atual, mostrando a importância de seguir alguns procedimentos de biosseguridade, resguardando o rebanho de suínos e os trabalhadores que atuam diretamente com os animais. Os itens que compõe a cartilha, além das medidas básicas, são:

- Medidas gerais de biosseguridade que devem ser seguidas rigorosamente visando a manutenção da saúde dos rebanhos de suínos;

- Recomendações para visitas imprescindíveis às granjas (técnicos, médicos veterinários, extensionistas, proprietários, transportadores de ração e outros);

- Como reconhecer os sinais da influenza comum dos suínos;

- Recomendações de biosseguridade em caso de doença respiratória nos suínos;

- Recomendações para trabalhadores em frigoríficos e abatedouros.

Fonte e informações adicionais: Embrapa -

Casa da Embrapa na Expointer: 51-3459-0964

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