CNA debate parcerias em projetos de irrigação e hidroagrícolas
Tema foi discutido em reunião da Comissão Nacional de Irrigação
A produção de trigo em território paulista foi mais uma vez tema de discussão na segunda reunião da Câmara Setorial do Trigo do Estado de São Paulo, realizada na manhã do dia 08 de junho nas dependências da Cooperativa Agrícola de Capão Bonito (CACB), em Capão Bonito (SP). Nesta oportunidade, a nova estimativa da safra do cereal apresentou uma redução para 300 mil toneladas.
De acordo com o Presidente da Câmara Ruy Zanardi, essa queda está relacionada, principalmente, à não contabilização dos dados de produção de cerealistas independentes, sem ligação com as cooperativas do estado. “Ainda acreditamos que podemos atingir as 400 mil toneladas previstas inicialmente, com a integração das safras dos produtores que não estão vinculados a nenhuma organização”.
O quadro apresentado pelas quatro maiores cooperativas do estado indicou que o clima foi favorável para o desenvolvimento inicial do trigo, sendo as chuvas no momento ideal um dos principais fatores para este feito. “Além da contribuição do clima, o manejo correto no plantio também ajudou a desenvolver o cereal já cultivado desta safra”, completa Zanardi.
Apesar de ter contribuído de forma positiva num primeiro momento, as condições climáticas previstas para os próximos meses causam preocupação para a cadeia do trigo paulista. “A expectativa é de seca para esse início de segundo semestre. Isso pode comprometer o desenvolvimento final do cereal uma das fases mais importantes do cultivo”, explica.
O cenário atual do mercado de trigo também foi discutido durante a reunião da Câmara Setorial. Durante a apresentação do Head de Trigo da SODRUGESTVO Douglas Araújo, o profissional traçou um panorama global e brasileiro sobre o cereal. “Numa visão de macroambiente, em que o mundo apresenta o menor estoque de trigo em seis anos, fatores como pandemia e recessão produziram o contexto que nos encontramos hoje”.
“Em contrapartida, o Brasil expandiu a sua produção e capacidade de exportação de trigo, por produzir um cereal competitivo e de qualidade. De todo modo, o consumo doméstico ainda não é suprido totalmente pela produção própria e, por isso, importamos trigo de outras origens para abastecer os moinhos, mas o Brasil caminha para autossuficiência num futuro breve”, finaliza Araújo.
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