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A expectativa de normalidade climática é alento para agricultores da região Centro-Sul que investem na cultura da segunda safra do milho. Essa condição é esperada para meados de março e até mesmo abril, momento de desenvolvimento da planta. Em entrevista ao podcast “Fala, Agro!”, produzido pela Ourofino Agrociência, João Castro, meteorologista da Climatempo especialista em agronegócio, explica que o La Niña trouxe chuvas irregulares, mas que ele perderá força e alcançará neutralidade. Em contrapartida, a umidade, tão bem-vinda, também influencia positivamente no desenvolvimento de pragas, doenças e plantas daninhas. Dessa forma, o manejo deve ser cuidadoso e estratégico.
Segundo o especialista Lenisson Carvalho, gerente de marketing de grandes culturas na Ourofino, um dos problemas com o qual o agricultor tem que saber lidar é a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), mas não se trata de uma preocupação única: percevejos, pulgões e lagartas são pragas também relevantes, que prejudicam intensamente a produtividade nos milharais. Assim, é indicado combinar defensivos agrícolas que atuem de maneiras distintas e sejam eficazes no trato de resistência.
Somente do portfólio da indústria, são várias as opções, dentre elas o Goemon, que conta com uma molécula inovadora, inédita em solo nacional até o lançamento do produto, ocorrido no segundo semestre do ano passado. Para o manejo de lagartas resistentes, como a Spodoptera frugiperda, considerada uma das principais pragas agrícolas do milho, a solução oferece amplo espectro de controle, alta eficiência, seletividade e estabilidade em todo o território brasileiro.
“No Manejo Integrado de Pragas (MIP), a recomendação é utilizar o produto quando a praga atingir o nível de dano econômico, sendo importante a rotação de mecanismos de ação, oferecendo, assim, alta eficiência e seletividade aos inimigos naturais”, explica Carvalho, que completa: “originário de uma parceria com a companhia japonesa ISK, o produto também atua contra a lagarta helicoverpa (Helicoverpa armigera)”.
O especialista pontua que as pragas podem provocar perdas de 80% nas lavouras quando os cuidados não são feitos como o indicado. Outro inseticida, este destinado a pragas sugadoras como o percevejo-barriga-verde (Diceraeus melacanthus) e a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), o Vivantha é uma ferramenta indicada para esta rotação citada por Carvalho. “É um produto de alta performance no campo, que, entre outros benefícios, promove a paralização do ataque das pragas e a redução da transmissão de viroses.”
Quanto às plantas daninhas, elas representam um risco por conta da matocompetição por nutrientes, luz solar e água, segundo o profissional. Para ele, com todos os tratos executados e a consolidação das expectativas climatológicas, os agricultores podem ter bons resultados, mas é fundamental que haja boas condições de umidade para o crescimento e desenvolvimento. “Este é um período crítico porque define o potencial produtivo da lavoura”, reforça.
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