Mudas e sementes juntas no Projeto Biomas Cerrado

04.12.2012 | 21:59 (UTC -3)
Felipe Costa

Os pesquisadores do Projeto Biomas no Cerrado plantam árvores nativas e exóticas junto com as sementes, em área de pastagem da fazenda Entre Rios, próxima a Brasília, e sede dos experimentos. Além da preocupação em levar ao produtor rural o conhecimento para a preservação e restabelecimento do bioma, eles buscam a comprovação de quais espécies apresentam melhor potencial econômico para a região.

Antes desse plantio, o tempo que as mudas permanecem no viveiro é variável, entre seis e 12 meses, dependendo da espécie, da época e do desenvolvimento da planta. Em geral, o tamanho médio para plantio é de 30 a 40 centímetros de altura. Como nem todas as mudas se desenvolvem da maneira esperada, a preferência é pelas que tem melhor aparência – as condições de desenvolvimento no viveiro no momento da escolha para o plantio vão refletir em toda a vida daquela planta.

Na fazenda, as cerca de 120 mudas de eucalipto e mangaba foram distribuídas em meio às linhas de sementes com o espaçamento necessário para o crescimento destas espécies e a movimentação do gado. “Fora a produção sustentável de madeira do eucalipto para venda e da produção das fruteiras nativas, a plantação colabora para a criação dos animais, fornecendo sombra”, diz Daniel Vieira, doutor em ecologia da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, responsável por este experimento. Vieira lembra ainda que árvores exóticas também podem ser utilizadas no inicio do plantio em consórcio com plantas nativas, na área de reserva legal da fazenda.

A época do plantio não foi escolhida por acaso. O Bioma Cerrado tem duas estações bem definidas, a seca e a chuvosa. Para facilitar o trabalho e economizar com irrigação, optou-se por esperar pelo verão, onde as chuvas se concentram e os dias são mais longos para o trabalho nos experimentos. “Nós começamos com os plantios a partir de sementes, depois é que iniciamos os experimentos com mudas, porque a época úmida é a melhor para fazer o plantio”, confirma José Felipe Ribeiro, coordenador do Projeto Biomas no Cerrado.

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