Mudanças climáticas e demográficas devem impulsionar automação agrícola

Relatório da GlobalData sugere que a quantidade de dados necessária para garantir a maior eficiência conduzirá a uma maior automação na agricultura

26.09.2022 | 08:07 (UTC -3)

O último relatório da GlobalData, "Tech in 2030 - Thematic Research", prevê que as fazendas de 2030 se tornarão "inteligentes", impulsionadas pela necessidade de produzir mais alimentos em menos terra. Para maximizar o rendimento, as fazendas precisarão coletar e monitorar enormes quantidades de dados de suas culturas e gado.

Por exemplo, para cultivar trigo em um campo de forma eficaz, a taxa de crescimento, conteúdo nutricional, ingestão de líquidos e qualidade do solo devem ser registrados, coletados através de inúmeros sensores. Estes dados serão alimentados por plataformas de tecnologia agrícola, que combinam internet das coisas (IoT) e automação.

Rachel Foster Jones na GlobalData, comenta: "Diversas questões estão atualmente pressionando a agricultura: a mudança climática está ameaçando a capacidade, o crescimento populacional está acelerando, a quantidade de terra disponível está reduzindo e a escassez de mão-de-obra está piorando. A tecnologia agrícola promete uma solução muito necessária".

O relatório da GlobalData destaca que já estamos vendo um crescimento na tecnologia agrícola. As contratações para funções inteligentes relacionadas às estufas mais do que triplicaram a partir de 2021.

"O investimento em estufas inteligentes só vai aumentar à medida que os desafios enfrentados pelo setor agrícola exigirem mais automação. À medida que a automação aumenta, os agricultores contratarão cada vez mais por seus conhecimentos técnicos e habilidades de processamento de dados, bem como por seus conhecimentos sobre o processo agrícola. Os jovens agricultores devem começar agora a se capacitar para dar a si mesmos uma vantagem", acrescenta Foster Jones.

O relatório da GlobalData também revela que a indústria de drones agrícolas é a que mais cresce entre os segmentos não militares em termos do número de patentes. O número dessas patentes aumentou 14 vezes entre 2015 e 2021.

"Atualmente, os drones conduzem tarefas de imagem e monitoramento para as fazendas. No entanto, há uma rápida inovação nesta área. A inovação de base modular significará que os drones serão capazes de realizar a pulverização avançada de culturas e o monitoramento do terreno até 2030. A crise trabalhista e a falta de habilidades impulsionarão a demanda de drones agrícolas, pois eles serão capazes de realizar tarefas demoradas", diz Rachel Foster Jones.

O relatório pode ser adquirido a partir deste link.

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