MS estuda criar "política de fronteira" para ZAV

07.02.2011 | 21:59 (UTC -3)

A retomada do status sanitário na Zona de Alta Vigilância não significa descanso. O trabalho continua com mais liberdade e responsabilidade por parte do produtor e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), que continua com as ações de fiscalização na região. Uma reunião deve acontecer nos próximos dias para ajustar as medidas que serão flexibilizadas, findadas e mantidas nos municípios fronteiriços. "Estamos pensando em um programa de política de fronteira prevendo ações, custo e principalmente, um trabalho de conscientização", antecipa a Diretora Presidente da Iagro, Maria Cristina Carrijo.

 

A nova etapa consiste na manutenção do status de livre de aftosa com vacinação, agora abrangendo todas as regiões de Mato Grosso do Sul. "Não adianta apenas punir, a gente tem que esclarecer os fatos porque às vezes as informações não chegam ao campo. Acho que nós vamos ter que ser muito bons na comunicação e por isso a educação sanitária é um ponto fortíssimo daqui pra frente, principalmente nessa região", esclarece a Secretária de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur), Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias.

 

O trabalho será permanente com base nas ações de continuidade do atual status sanitário. Serão perenes as ações de fiscalização, vigilância, educação e apoio aos Conselhos de Sanidade Animal implantados nos municípios de fronteira para que a consciência dos produtores e da sociedade não se esmoreça. "Não é porque conquistamos esse benefício que vamos fraquejar. Pelo contrário. Aquela região alcançou uma condição de qualidade sanitária muito grande e não podemos perder isso", ressalta Tereza Cristina.

 

Destaques autoridades

Ao tomar conhecimento da decisão da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), reconhecendo a Zona de Alta vigilância de Mato Grosso do Sul como livre de febre aftosa com vacinação, o governador André Puccinelli afirmou se tratar de uma “medida da mais alta importância para a nossa economia e demonstra que nossa política de controle sanitário sempre esteve correta e segura”. O governador considera que “nosso esforço valeu a pena. Temos o reconhecimento internacional o que, sem dúvida, deve estimular ainda mais a pecuária do nosso Estado, em especial os produtores da região Sul que podem respirar aliviados”. André Puccinelli - Governador de Mato Grosso do Sul.

 

"Agora nós temos a plenitude da sanidade porque não existe mais uma faixa com status diferente. Todo o Estado tem a mesma classificação e isso aumenta a responsabilidade em mantê-la. Nós temos que continuar avançando porque a pecuária exige modernidade na genética, sanidade e nutrição. Nessa questão nós avançamos demais e temos que continuar crescendo, só que sem as amarras que travavam o produtor na sua comercialização, dificuldade no manejo e na parte operacional". Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias - Secretária de Estado de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo de Mato Grosso do Sul (Seprotur).

 

"A noticia chega num momento propício para que as ações de defesa sanitária em Mato Grosso do Sul matenham-se a cada dia mais fortalecidas e estende o reconhecimento ao trabalho incansável de todos que fizeram parte deste processo". Maria Cristina Carrijo - Diretora Presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro).

 

"A implantação da Zona de Alta Vigilância foi um processo extremamente penoso ao produtor rural. Além de todo o prejuízo financeiro causado pelo aspecto comercial, houve uma série de procedimentos implantados onde o produtor teve que adequar seu manejo e processos. Por um outro lado a consciência em relação a importância da sanidade animal aumentou e a discussão em torno da questão passou a ser de toda a sociedade na região. O serviço de defesa sanitária do Estado também adequou sua ações e trabalhou muito integrado com o produtor. Retomado o status, a expectativa agora é de flexibilização de alguns procedimentos naquela região". Eduardo Riedel - Presidente Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul.

 

"Desde que o Brasil se tornou maior exportador do mundo de carne bovina, as barreiras sanitárias tem sido utilizadas contra nossa exportação. O reconhecimento do bom trabalho da equipe do Mato Grosso do Sul pela OIE mostra que não foi por acaso que chegamos ao topo do ranking. O reconhecimento da OIE é muito importante para o

Brasil. Quando presidi o Conex em Mato Grosso do Sul (Conselho Extraordinário de Relações Nacionais e Internacionais) tive a certeza de que a política sanitária conduzida pela secretária Tereza Cristina e sua equipe estava no caminho certo". Marcus Vinicius Pratini de Moraes - Ex-Ministro da Agricultura e membro do Conselho do Frigorífico JBS.

 

"A exportação de carne bovina do Brasil passou por vários momentos, entre eles a crise financeira de 2009. A tendência, a partir de agora, é que nossos exportadores enfrentem um comércio mais competitivo. Por isso, a certeza de que as questões sanitárias têm merecido atenção das nossas autoridades, como é o caso do Mato Grosso do Sul, abre caminho para um crescimento nas nossas exportações. Pude participar do trabalho do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e o reconhecimento da OIE não me surpreende". Antonio Jorge Camardelli - Presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).

 

Cristiane Sandim

Assessoria de Imprensa

(67) 3318-5053

ascom@seprotur.ms.gov.br

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