Monsanto renova apoio à Embrapa

24.11.2008 | 21:59 (UTC -3)

Os pesquisadores brasileiros dedicados ao desenvolvimento do setor agrícola receberam mais um incentivo. Mais de dez novos projetos voltados para a agricultura nacional, como o desenvolvimento de alimentos com mais ferro e vitaminas, e combate a uma das maiores pragas da citricultura serão beneficiados com a renovação, pelo terceiro ano consecutivo, da parceria da Monsanto com a Emprapa. O anúncio foi feito em cerimônia na sede da entidade, em Brasília, em novembro. “Há um reconhecimento da ciência e tecnologia nacional, e da necessidade de ampliar as parcerias público-privadas em inovação”, afirmou o diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana.

Durante a assinatura da renovação, foi feito ainda o repasse de R$ 7,8 milhões para a Embrapa, por parte da Monsanto, para o fundo de pesquisa da entidade. O montante é oriundo do compartilhamento dos valores recebidos pela Monsanto a título de royalties sobre a comercialização de variedades de soja da Embrapa contendo a Tecnologia Roundup Ready®, de tolerância a herbicida, na safra 2007/2008. Os recursos serão aplicados em 11 projetos (outros detalhes abaixo), e representam mais do que o dobro da soma dos valores investidos em 2006 e 2007 (R$ 3,2 milhões) no desenvolvimento de projetos em biotecnologia. Todas as pesquisas foram escolhidas por meio do comitê gestor do Fundo de Pesquisa o qual a Monsanto mantém em parceria com Embrapa.

O CEO da Monsanto, Hugh Grant, veio especialmente ao Brasil para fazer esta renovação da parceria. De acordo com ele, a parceria abre caminho para outras tecnologias que podem resultar em aumento de produtividade para os agricultores. Em junho, a empresa anunciou um compromisso mundial de dobrar a produtividade das culturas que desenvolve de maneira sustentável, com menor uso de recursos naturais, como água e energia, ao mesmo tempo em que pretende contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos produtores.

“Por conta das demandas agrícolas crescentes, é preciso um esforço conjunto para que possamos produzir mais e conservar mais”, afirma Grant. “Estamos otimistas que, em parceria com clientes, políticos, cientistas, organizações não-governamentais, acadêmicos e indústria podemos tornar a agricultura mais sustentável. E, na Monsanto, estamos prontos para fazer a nossa parte”.

O líder mundial da Monsanto esteve acompanhado pelo presidente da empresa no Brasil, André Dias, durante o evento. “Ampliar o acesso de todos os agricultores a modernas tecnologias agrícolas, especialmente em países pobres e em desenvolvimento, faz parte do nosso compromisso. A renovação da parceria com a Embrapa reflete como transformaremos idéias em ação”, afirmou Dias.

Pesquisas Pioneiras

Os recursos irão contemplar mais de 10 projetos da Embrapa, com destaque para três iniciativas:

- Identificação, caracterização e incorporação de genes para resistência durável à brusone em arroz cultivado no Brasil, que recebeu mais de R$ 1 milhão;

- Biofortificação, ou seja, desenvolvimento, por meio da biotecnologia, de alimentos mais nutritivos, com adição de ferro e vitaminas;

- o Huanglongbing (ex-greening) dos citros, que desenvolverá abordagens biotecnológicas de manejo para combater uma doença devastadora que praticamente acabou com a citricultura chinesa e sul-africana e chegou ao Brasil alarmando os nossos cientistas.

Os outros projetos contemplados são: “Prospecção de genes associados com a resistência a begomovírus em linhagens de tomateiro e estudo dos mecanismos de resistência”; “Estratégias convencionais e biotecnológicas para o manejo de doenças e sustentabilidade de agroecossistemas envolvendo as culturas de milho e sorgo”; “Avaliação de segurança alimentar e ambiental de feijoeiro geneticamente modificado para resistência ao Mosaico Dourado do Feijoeiro”; Desenvolvimento de linhagens de soja geneticamente modificadas com os genes Bt e RR2, concomitante à elaboração de um programa de contenção e rastreamento (stewardship); “Identificação de marcadores moleculares associados a genes de resistência do algodoeiro a doenças sem controle curativo: doença azul e mancha angular”; “Desenvolvimento tecnológico para uso funcional das passifloras silvestres”; “Prospecção de genes para tolerância ao estresse de encharcamento em soja”; e, finalmente, um seminário a ser realizado na Embrapa, em 2009, com o tema “Tolerância à Seca e Mudanças Climáticas”.

Nas últimas três décadas, as pesquisas e tecnologias da Emprapa e de seus parceiros resultaram em grandes transformações no agronegócio e na economia do Brasil. Entre outros empreendimentos, o Brasil criou e desenvolveu de forma pioneira e inédita no mundo, a soja adaptada a regiões tropicais.

Fonte: http://www.monsanto.com.br/

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