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A edição deste ano do Fórum Nacional da Soja, realizado nesta terça-feira (15) durante a Expodireto Cotrijal em Não-Me-Toque/RS, debaterá temas como as prioridades do novo governo, inovações tecnológicas e projeções para o mercado de soja 2011, mas trará também uma novidade para o cultivo de soja. Para levar ao agricultor as melhores recomendações de práticas agronômicas, manejo correto e agindo de modo curativo diante do problema da resistência de plantas daninhas, registrada em algumas áreas do país, e preventivo, onde o problema ainda não é uma realidade, a Monsanto lançará no evento o Sistema Roundup Ready Plus.
Trata-se de um sistema de manejo de plantas daninhas que combina a utilização do Roundup com outros princípios ativos, associado às melhores práticas, tecnologias e conhecimentos agrícolas disponíveis no mundo, para que o agricultor tenha a máxima eficiência sobre essas plantas invasoras.
“O manejo de plantas daninhas é encarado pela Monsanto dentro de uma visão mais ampla. Consideramos as culturas e coberturas que entrarão no sistema agrícola do produtor, o conhecimento do ciclo e da biologia das plantas daninhas, as tecnologias atuais disponíveis, as práticas culturais e as opções de herbicidas mais sustentáveis, econômicos e de menor impacto ambiental e na produtividade, buscando atuar na causa do problema de uma maneira preventiva e/ou corretiva. Acreditamos que a difusão de um único sistema, simples, que esteja de acordo com a recomendação dos principais pesquisadores do país e que ainda alie um custo competitivo, poderá ser executado facilmente pelo agricultor, com bons resultados no curto e no longo prazo”, declara Júlio Negreli, gerente de Estratégia da Monsanto e líder da iniciativa de soluções de manejo que apresenta palestra sobre o novo sistema desenvolvido no Fórum Nacional de Soja ao lado de Rodrigo Santos, diretor de Estratégia e Gerenciamento de Produto da Monsanto do Brasil.
Segundo Negreli, o objetivo da Monsanto é fazer a melhor recomendação técnica ao produtor, buscando sempre a longevidade da plataforma Roundup Ready e de todos os benefícios que ela oferece. Para isso, o Sistema Roundup Ready Plus recomenda a adoção de uma série de boas práticas e a utilização de herbicidas específicos que variam conforme a região do produtor, tipo de sistema agronômico utilizado e pragas-alvo, buscando a máxima eficiência e baixo custo. “Queremos que o produtor adote um sistema que visa a eliminar o problema de resistência de plantas daninhas ou evitar que ele venha a ocorrer. A ideia é levar ao agricultor uma recomendação tecnicamente precisa, de forma que ele possa decidir, dentro de um sistema testado e aprovado, qual produto comercial ele prefere usar segundo o princípio ativo mais recomendado para a sua situação”, explica Negreli.
Práticas de manejo e resistência
Quaisquer plantas que se desenvolvam onde não são desejadas e que interfiram nas atividades do homem são consideradas plantas daninhas. Elas podem crescer, se desenvolver e se reproduzir nos diferentes ambientes agrícolas do Brasil e do mundo. Algumas delas apresentam necessidades semelhantes às plantas cultivadas nas lavouras, ocupando os mesmos ambientes e competindo pelos fatores que permitem o crescimento saudável e o desenvolvimento das plantações. Dessa forma, são um problema sério para a agricultura, afetando tanto a qualidade da colheita como a produtividade obtida em cada hectare. Por essa razão, precisam ser controladas.
Não só a existência de plantas daninhas gerais nos campos, mas principalmente o fenômeno da resistência nessas ervas podem levar a um problema maior: a dificuldade no controle e, consequentemente, o aumento no custo da lavoura – neste último caso, principalmente por conta da restrição ou inviabilização da utilização de determinado grupo de herbicidas, levando ao agricultor a utilização de produtos alternativos e/ou outras práticas agronômicas.
Boas práticas de manejo escolhidas, como rotação de culturas – quando apropriado - e plantio direto; controle mecânico, com capina manual, algo inviável em lavouras de grande extensão, e uso de arado, cujo resultado é prejudicial ao solo por provocar erosão, entre outros males, são algumas das alternativas de controle dessas plantas daninhas. Pela praticidade de manejo, capacidade de selecionar o alvo (folhas largas e estreitas) e sua “ação curativa”, já que outras práticas demandam maior tempo de uso, os herbicidas são a principal ferramenta utilizada pelos produtores para o seu controle.
“O problema é que o controle das plantas daninhas feito exclusivamente à base de herbicidas, a aplicação repetitiva de um mesmo produto ou de produtos com o mesmo mecanismo de ação durante diversas safras agrícolas; a adoção de doses abaixo das recomendadas em bula dos variados herbicidas; sistemas de produção que não contemplam a rotação de culturas, quando necessário, e herbicidas; pequena utilização de controle mecânico de plantas daninhas ou a não eliminação dos escapes de controle dos herbicidas, bem como a não utilização de seqüência de herbicidas para controle de plantas daninhas em uma cultura, cumulativamente fizeram com que algumas plantas daninhas se tornassem resistentes”, explica o gerente da Monsanto. “A característica de resistência a um determinado herbicida já existe naturalmente em qualquer população de plantas, devido a sua variabilidade genética, porém em uma freqüência muito baixa. Nesses casos, o herbicida tornou-se o agente selecionador desses indivíduos resistentes, por ter sido usado de forma não associada às boas práticas agrícolas”, esclarece Negreli.
Fato natural ocorre em todo mundo
As primeiras plantas daninhas resistentes a herbicidas foram selecionadas com a utilização intensiva e como única ferramenta de manejo dos herbicidas. Os primeiros relatos de resistência de plantas daninhas aos herbicidas, especificamente inibidores de ALS (latifolicidas), ocorreram na década de 1990. O primeiro caso de planta daninha resistente ao Roundup (glifosato) levou aproximadamente 25 anos para ser registrado no Brasil, aparecendo em 2003 com a planta daninha Lollium Multiflorum (Azévem). “Desde então, a Monsanto, junto com pesquisadores especialistas na área, desenvolveu trabalhos com o objetivo de nortear o manejo dessa planta daninha”, afirma Negreli. Atualmente, os registros de plantas daninhas em solo nacional são de reportes realizados com três espécies: azevém (Lolium multiflorum), buva (Conyza bonariensis e Conyza canadensis) e o capim amargoso (Digitaria insularis).
Glaucy Rodrigues
CDI - Comunicação Corporativa
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