Monitoramento de resíduos garante alimentos de qualidade

09.04.2012 | 20:59 (UTC -3)
Marcos Giesteira

As carnes, o leite, os ovos e pescados consumidos pelos brasileiros estão, quase que em sua totalidade, de acordo com os padrões de conformidade determinados pelo Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes (PNCRC/Animal). O alto índice foi apontado pelo monitoramento do programa em carnes (bovina, suína, eqüina, de avestruz e de aves), leite, ovos, mel e pescado, realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

De 19.267 análises realizadas em 2011, 99,78% foram consideradas conformes. O índice é semelhante ao registrado em 2010: 99,83%. Apenas 42 amostras – 0,22% do total – apresentaram irregularidades. O principal problema encontrado foi o alto índice de detecção de arsênio em pescado de captura, diagnosticado em 18 casos. Os resultados foram divulgados por meio da Instrução Normativa nº 7, publicada no Diário Oficial da União (DOU), no dia 5 de abril.

O Mapa monitora a quantidade de resíduos de produtos veterinários aplicados nos alimentos pelos produtores rurais, como antimicrobianos e vermífugos. O Ministério identifica também se os produtores estão obedecendo às recomendações de uso aprovadas e disponíveis na bula do medicamento.

Os casos de não conformidade identificados serão comunicados aos setores produtivos responsáveis. A partir da comunicação, deverão desenvolver ações para diminuir o risco de novas ocorrências dessa natureza, conforme está previsto pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa).

No ano passado, o monitoramento do número de antimicrobianos em leite foi ampliado e estendeu-se para a carne de avestruz, além de ter sido promovida uma estruturação para as espécies caprina e ovina. Neste ano, mais dois Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagro) – em Goiás e no Pará – passaram a participar das análises laboratoriais do PNCRC/Animal. Agora, o Programa conta com Lanagros em todas as regiões do país e mais seis laboratórios (públicos ou privados) credenciados. Estão previstos R$ 6 milhões para custear as análises do programa de monitoramento e capacitar técnicos e profissionais envolvidos na iniciativa em 2012.

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