Azeite de oliva: como evitar fraudes e garantir qualidade
O azeite de oliva é o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo, atrás apenas do pescado
Na primeira quinzena de novembro, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 16,46 milhões de toneladas ante a 34,88 milhões da safra 2023/2024 – o que representa uma queda de 52,81%. No acumulado da safra 2024/2025 até 16 de novembro, a moagem atingiu 582,61 milhões de toneladas, ante 595,97 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo anterior – queda de 2,24%.
Operaram na primeira quinzena de novembro 223 unidades produtoras na região Centro-Sul, sendo 204 unidades com processamento de cana, nove empresas que fabricam etanol a partir do milho e dez usinas flex. No mesmo período, na safra 23/24, operaram 237 unidades produtoras.
Até o final da primeira quinzena de novembro, 25 unidades encerram a moagem. No acumulado desde o início do ciclo 2024/2025, 65 unidades finalizaram as operações. No mesmo período da safra anterior, 50 usinas haviam finalizado a moagem.
O diretor de Inteligência Setorial da Unica, Luciano Rodrigues, explica que além das unidades que haviam programado seu término de moagem para a quinzena, a condição climática desfavorável para colheita ocasionou paradas pontuais em toda região Centro-Sul, impactando o ritmo de processamento das empresas em operação.
Em relação à qualidade da matéria-prima, o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) registrado na primeira quinzena de novembro atingiu 133,09 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar, contra 132,26 kg por tonelada na safra 2023/2024 – variação positiva de 0,63%. No acumulado da safra, o indicador marca 142,31 kg de ATR por tonelada, índice levemente superior (1,22%) ao do ciclo anterior na mesma posição.
A produção de açúcar nos primeiros quinze dias de novembro totalizou 897,53 mil de toneladas, registrando queda de 59,18% na comparação com a quantidade registrada em igual período na safra 2023/2024 (2,20 milhões de toneladas). No acumulado desde o início da safra até 16 de novembro, a fabricação do adoçante totalizou 38,27 milhões de toneladas, contra 39,47 milhões de toneladas do ciclo anterior (-3,04%).
“Além da queda na moagem, a redução na produção de açúcar foi afetada pela menor proporção de cana direcionada à fabricação do adoçante na quinzena. Na primeira metade de novembro do ciclo 2023/2024, cerca de 50% da matéria-prima havia sido utilizada para a produção de açúcar, nesse ano o indicador atingiu apenas 43% da cana-de-açúcar utilizada para a fabricação do adoçante”, explicou Rodrigues.
Na primeira metade de novembro, a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul atingiu 1,06 bilhão de litros, sendo 608,08 milhões de litros de etanol hidratado (-38,80%) e 450,49 milhões de litros de etanol anidro (-29,51%). No acumulado do atual ciclo agrícola, a fabricação do biocombustível totalizou 29,92 bilhões de litros (+4,50%), sendo 19 bilhões de etanol hidratado (+12,01%) e 10,92 bilhões de anidro (-6,42%).
Do total de etanol obtido na primeira quinzena de novembro, 31% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 327,87 milhões de litros neste ano, contra 279,80 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2023/2024 – aumento de 17,18%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 4,82 bilhões de litros – avanço de 27,02% na comparação com igual período do ano passado.
Na primeira quinzena de novembro, as vendas de etanol totalizaram 1,45 bilhão de litros, o que representa uma variação positiva de 13,30% em relação ao mesmo período da safra 2023/2024.
No mercado interno, o volume de etanol hidratado vendido pelas unidades do Centro-Sul totalizou 888,60 milhões de litros, o que representa um aumento de 14,36% em relação ao mesmo período da safra anterior. A venda de etanol anidro, por sua vez, atingiu a marca de 490,58 milhões de litros, avanço de 7,18%.
No acumulado desde o início da safra até 16 de novembro, a venda de etanol pelas unidades do Centro-Sul somou 22,32 bilhões de litros, registrando crescimento de 14,36%. O volume acumulado de etanol hidratado comercializado totalizou 14,42 bilhões de litros (+25,42%), enquanto o de anidro alcançou 7,90 bilhão de litros (-1,51%).
“Apesar da expectativa de menor moagem de cana-de-açúcar na safra 2024/2025, a oferta interna de etanol se mantém robusta, impulsionada por ganhos de eficiência, um mix mais alcooleiro, redução nas exportações e pelo crescimento contínuo da produção de etanol de milho, mantendo o movimento de expansão consistente nas vendas do biocombustível”, explica Luciano Rodrigues.
Dados da B3 até o dia 26 de novembro indicam a emissão de 38,20 milhões de créditos em 2024 pelos produtores de biocombustíveis. A quantidade de CBios disponível para negociação em posse da parte obrigada, não obrigada e dos emissores totaliza 29,23 milhões de créditos de descarbonização.
“Somando a quantidade de CBios disponíveis para comercialização e os créditos já aposentados para cumprimento da meta de 2024, já atingimos a quantidade de títulos suficiente para o atendimento integral exigido pelo Programa em 31 de dezembro deste ano. Além disso, o excedente de títulos frente a meta totaliza expressivos 4,02 milhões de títulos”, destaca o diretor da Unica.
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