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Produtores de carne bovina em Goiás visitaram na última segunda-feira (23) o Instituto de Promoção da Carne Bovina Argentina (IPCBA) para descobrir as táticas usadas pelos ‘hermanos’ para promover o aumento do consumo da proteína animal e medidas que para agregar valor ao produto. A visita faz parte das atividades das Missões de pecuária de corte e de grãos para a Argentina e o Uruguai que se iniciou nesta semana e segue até o próximo dia 30. A comitiva é composta por 75 pessoas formada por produtores rurais, dirigentes sindicais e técnicos do Sistema Faeg/Senar e Sebrae.
No quesito promoção, aumento do consumo da proteína animal e agregar valor ao produto comercializado para outros países, os argentinos tem muito a ensinar aos produtores goianos. Isso porque depois de uma depressão de cinco anos, o setor de carne bovina na Argentina mostra sinais de reação movida pelo mercado interno. Segundo dados da Câmara da Indústria de Comércio de Carnes e Derivados (CICCRA), este é o primeiro bimestre de indicadores positivos desde o início da crise do setor com o governo.
Uma das medidas que deram esse novo fôlego ao produto argentino foi a própria criação do Instituto, em 2005, que tem direcionado seus investimentos em ações de fortalecimento do produto, promoção da qualidade da carne, estímulo ao aumento do consumo entre diferentes públicos e apropriação de valor agregado à proteína animal para combater o aumento da carne de aves que vem avançando com toda força.
O diretor do Instituto, Arturo Llavallol, conta que em 2005 foram produzidas 755 mil toneladas de carne bovina no país. Depois da última crise climática, há cinco anos, e das constantes políticas que desagradaram o setor conhecida como a “má política criadora de gado" o consumo de carne bovina caiu de cerca de 70 quilos por pessoa/ano para 53 quilos/ano, e isso, segundo Arturo, é um bom número, já que houve baixas maiores no consumo do produto durante esse período de crise.
Arturo conta que as ações desenvolvidos pelo Instituto tem gerado resultados tão satisfatórios que os preços da carne bovina aumentaram 180% nos últimos 18 meses, até se situarem em uma média de 32 pesos por quilo, mais que o dobro do preço do frango, segundo estatísticas privadas. “Trabalhamos na reconquista da opinião pública de que consumir carne bovina é melhor e mais saudável, mesmo sendo mais caro”, disse.
O reaquecimento do mercado de carne bovina na Argentina ocorre em um momento em que se discute a rentabilidade do setor e a produção da proteína de modo sustentável. “Temos que envolver a sociedade e o consumo para adquirirmos maiores resultados para melhorar a imagem da carne bovina. Com mais dinheiro no bolso, o indivíduo aumenta o consumo de carne”, garante.
As primeiras e principais ações que o Instituto desenvolveu e continua adotando para fortalecer o consumo da carne foram campanhas de marketing e comunicação externa para fortalecimento da imagem de que consumir carne bovina é melhor que as outras proteínas animais. “Precisamos aprender a defender nossa atividade para alcançamos os melhores consumidores”, ensina Arturo. Os produtores goianos seguem durante toda a semana com uma agenda intensa de compromissos e visitas técnicas.
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