Yara projeta cenário positivo para o mercado de fertilizantes em 2023
Empresa leva contribuição estratégica no Rio Grande do Sul
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou do lançamento do Clube de Inovação Soja, em Campinas (SP). Na ocasião, destacou dois pontos como desafios de sua gestão: melhorar a imagem do produtor rural brasileiro no exterior e o fortalecimento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
“O mercado externo não sabe que a imensa maioria dos nossos produtores e produtoras atuam com muita competência e respeito ao meio ambiente. Esse é o desafio: mostrar que nossos produtores são eficientes, modernos e respeitam o meio ambiente”, afirmou.
Segundo Fávaro, produzir de forma sustentável é um grande salto de qualidade. E a produção sustentável não se traduz, necessariamente, em uma estratégia de desintensificação da agricultura. “A redução da escala de produção pode ser um modelo para alguns países. Mas o que serve para um não serve para outro. O que interessa é o resultado final: produzir e respeitar o meio ambiente. Defendo a proposta de produzir com sustentabilidade e intensificação.”
Para isso, a ideia é incorporar à agricultura cerca de 40 milhões de hectares hoje ocupados pela pecuária. “Com isso, praticamente dobramos tudo o que foi feito de 1500 até agora e tiramos a pressão sobre o desmatamento”, afirmou o ministro. Essa política cria oportunidades para os setores de máquinas e equipamentos, sementes, defensivos, além de gerar empregos na cidade e no campo. “Para isso, precisamos de inovação tecnológica”, reforçou.
Nesse momento, Fávaro falou da importância da Embrapa para o agro brasileiro. “Certamente não tem nenhum dos cerca de 5.500 municípios que não tenha uma tecnologia aplicada na roça, no campo, que não tenha sido gerada pela Embrapa.”
A empresa de pesquisa, que em 2023 comemora 50 anos, deve ser fortalecida pelo Mapa. A ideia é definir qual a Embrapa do futuro, o que a empresa pública precisa começar a pesquisar e com quem. Parceria com a iniciativa privada é um dos caminhos apontados pelo ministro para fortalecer a atuação da empresa. “Inovação e sustentabilidade são as palavras de ordem”, finalizou.
Para o lançamento do Clube de Inovação Soja, a Bayer convidou 130 pessoas que representavam 48 entidades de 18 Estados brasileiros. De acordo com Fernando Prudente, diretor dos Negócios de Soja e Algodão da Bayer no Brasil, 90% dos tomadores de decisões relativas à cultura estavam presentes.
A ideia do clube é aproximar e fortalecer os elos da cadeia da sojicultura, atuando de forma conjunta. Segundo dados apresentados por Fernando, as exportações do agro brasileiro movimentam US$ 159 bilhões, sendo que a soja responde por 38% desse volume, ou seja, US$ 60,95 bilhões. A cultura representa 60% da área plantada no Brasil. Os membros do grupo devem se reunir em outras oportunidades durante o ano e um novo encontro do Clube de Inovação está agendado para agosto.
Três ex-ministros da Agricultura participaram do evento: Alysson Paolinelli, Roberto Rodrigues e Neri Geller. Integraram a comitiva do Mapa os secretários Roberto Perosa (Comércio e Relações institucionais), Renata Bueno Miranda (Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo) e o assessor especial Carlos Ernesto Augustin. Eles foram recepcionados pelo superintendente de Agricultura e Pecuária substituto de São Paulo, Esequiel Liuson, e pelo chefe da Divisão de Defesa Agropecuária (DDA-SP), Danilo Tadashi Kamimura.
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