Ministério da Agricultura realiza primeira inspeção de algodão em pluma para exportação à Ásia

Certificação fitossanitária na origem do produto será eletrônica e vistoria ocorreu em Jundiaí (SP); carga seguirá de trem ao Porto de Santos

03.10.2024 | 16:09 (UTC -3)
Ministério da Agricultura
Foto: divulgação
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A Superintendência de Agricultura e Pecuária em São Paulo (SFA-SP) realizou, nesta semana, a primeira inspeção de algodão em pluma em Jundiaí (SP), representando a exportação de 44 contêineres que seguirão para a China (maior volume), Bangladesh e Vietnã – países que não exigem tratamento fitossanitário. A expectativa é que sejam certificados 400 contêineres do produto por mês nessa nova operação autorizada pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, de acordo com o auditor fiscal Lucas Zago, que acompanhou a inspeção. O algodão em pluma é resultante da operação de beneficiamento do algodão em caroço.

A autorização da certificação fitossanitária na origem do algodão em plumas foi formalizada pelo Mapa para ocorrer a partir do dia 1º de outubro. O procedimento segue o estabelecido pela Portaria nº 177, de 16 de junho de 2021. Até então, essa vistoria era feita pelo sistema Vigiagro (Vigilância Agropecuária Internacional) do Mapa, em uma estrutura que fiscaliza as fronteiras e responde diretamente a Brasília.

O cenário atual preocupava o setor porque há limitação de espaço e gargalos logísticos no Porto de Santos, que escoa 95% do volume exportado de algodão. Paralelamente, há expectativa de aumento nas exportações de algodão brasileiro na próxima safra na ordem de 8%, alcançando 4 milhões de toneladas, segundo dados da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Esses dois fatores foram decisivos para essa autorização da Secretaria de Defesa Agropecuária.

A certificação fitossanitária na origem do algodão será realizada no Terminal Contrail Logística em Jundiaí pela equipe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal de São Paulo (Sisv-SP), com apoio da regional do Mapa em Campinas. Do terminal os contêineres seguirão para Santos, na sua grande maioria por meio de transporte ferroviário, o que impacta positivamente a logística e diminui o fluxo de caminhões nas imediações do porto.

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