Assocon investe na gestão de dados em confinamento
A produção mineira de batata-doce, em 2008, teve aumento de 9,02%, alcançando 16,7 mil toneladas na comparação com as 15,3 mil toneladas colhidas no ano anterior.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram organizados pela Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura de Minas.
Embora o consumo do produto pareça dar saltos nos períodos de temperatura mais baixa, e principalmente por ocasião das festas juninas, as vendas quase sempre têm apenas pequenas alterações do início da safra, em abril, até o fim do ano. Neste ano, a escalada dos negócios com batata-doce na Ceasa-Minas nos primeiros quatro meses, registrou um aumento de 11,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram comercializadas no entreposto 4,4 mil toneladas, na comparação com as 3,9 mil toneladas em 2008.
O produtor Antônio de Souza não se arrepende de ter iniciado o cultivo de batata-doce há dez anos, em São João da Serra Negra, distrito de Patrocínio, no Alto Paranaíba. Ele diz que, em 2008, vendeu quase 20 mil caixas de batata-doce com 22 quilos cada, principalmente para os mercados de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e Belo Horizonte. “O produto seguiu também para Goiânia e Brasília, com a caixa cotada entre R$ 10,00 e R$ 12,00”, explica o agricultor.
Esse valor possibilita um lucro de até R$ 4,00 por caixa. Para calcular o custo de produção, Antônio de Souza considera o preço de uma parte da terra que utiliza pelo sistema de arrendamento, inclui a manutenção do trator utilizado no preparo do plantio e na colheita, o pagamento da mão-de-obra e o transporte do produto até o local do encaixotamento da batata-doce, ainda na propriedade.
Antônio de Souza cultiva batata-doce em 100 hectares. Essa área representa 40% da área total destinada ao tubérculo na região do Alto Paranaíba, que segundo o IBGE foi de 250 hectares em 2008. Na avaliação de áreas plantadas, as lavouras de batata-doce desse produtor são significativas também diante dos 435 hectares ocupados com a cultura no Sul de Minas, região que apresentou o maior volume de produção no ano passado, com 7,3 mil toneladas.
De acordo com IBGE, o Alto Paranaíba teve uma produção de 3,8 mil toneladas de batata-doce no ano passado. Outra região que apresenta grande produção no Estado é a do Rio Doce, com 1,8 mil toneladas.
Em 2008, o Brasil produziu 518,5 mil toneladas de batata-doce, com o Rio Grande do Sul respondendo pelo maior volume, 155,3 mil toneladas, informa o IBGE. Já a produção mundial do tubérculo, segundo a FAO, alcançou aproximadamente 120 milhões de toneladas, e nesse cenário a China, primeiro país do ranking, participou com 100,2 milhões de toneladas.
Para o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura, João Ricardo Albanez, “apesar da ainda pequena participação de Minas Gerais na produção brasileira de batata-doce, essa cultura tem se mostrado uma boa alternativa para os empreendimentos familiares.” Ele explica que o cultivo da batata-doce possibilita a geração de emprego e renda no meio rural.
Essa hortaliça, originária das regiões tropicais da América Central e do Sul, é uma cultura rústica e adaptada às condições tropicais e subtropicais. Possui diversas variedades cultiváveis, para a mesa ou processamento e ainda para a alimentação do gado (forrageiras). Alimento energético, ao ser colhida a batata-doce apresenta 85% de carboidratos, em média, e seu principal componente é o amido.
Ivani Cunha
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(31) 3215-6568 /
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