Mercosul vai alimentar o mundo em 2050, indica estudo da consultoria Bain & Company

21.03.2012 | 20:59 (UTC -3)
Priscila Pagliuso

A Bain & Company – empresa global de consultoria empresarial – acaba de produzir o estudo "Agronegócio no Mercosul: transformações do passado e promessas para o futuro”, sobre as tendências do setor agrícola. De acordo com o levantamento, o aumento da demanda mundial de alimentos para 1,1 bilhão de toneladas deverá ser suprido principalmente pelos países do Mercosul, que vão registrar grandes saltos de produção nas culturas de soja e açúcar.

A demanda mundial por milho, arroz, trigo, açúcar e soja deverá passar de 2,4 bilhões de toneladas, número de 2010, para cerca de 3,5 bilhões em 2050. Isso para atender o aumento da população mundial, prevista para chegar a 8,9 bilhões de habitantes daqui a 40 anos – 2,1 bilhões de pessoas a mais do que nos dias de hoje –, de acordo com a Organização das Nações Unidas. "Para atender essa forte demanda, os países do Mercosul deverão se preparar enfrentando desafios logísticos e técnicos, além de investir no desenvolvimento de sementes e técnicas de plantio ainda mais adequadas a climas secos e quentes”, diz Fernando Martins, sócio da Bain & Company.

Um ponto que reflete o aumento da produção do Mercosul é a recente valorização das terras agrícolas no Brasil: donos de terras cultiváveis tiveram significativo ganho de valor na última década. Diversas empresas de capital doméstico e internacional têm apostado na agricultura brasileira, na valorização das terras e não somente no lucro das lavouras, abrindo espaço para o chamado fenômeno da produção agrícola corporativa. “Resta saber se o ciclo inteiro da produção corporativa se concretizará ou se a propriedade continuará concentrada em investidores e mesmo nos fundos soberanos preocupados com a segurança alimentar de suas populações”, esclarece Fernando.

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