Melancia ganha nova cara com modelo de produção integrada

Variedade Pingo Doce, da Nunhems, impulsiona fruticultura no Brasil

17.11.2025 | 17:08 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Erika Coradin
Pedro Orita
Pedro Orita

O cultivo da melancia passa por uma transformação no Brasil. A mudança segue o exemplo da Espanha, onde a modernização da produção e o foco na qualidade elevaram os padrões do setor. No Brasil, agricultores, distribuidores e redes varejistas têm unido esforços para atender a um consumidor mais exigente.

A BASF Soluções para Agricultura, por meio da marca Nunhems, atua de forma estratégica nesse novo cenário. A empresa promove um modelo de produção integrada que conecta campo, distribuição e varejo. Com essa estrutura, o tempo entre colheita e entrega nas gôndolas caiu de uma semana para até 24 horas.

A variedade Pingo Doce lidera esse movimento. A fruta cresce, em média, 15% ao ano em volume produzido. Com cerca de 6 kg, não tem sementes, tem alto teor de brix, casca verde-escura e pode ser rastreada por QR Code. A fruta se destaca pelo sabor, pela praticidade e pelos critérios sustentáveis adotados na produção.

Presença no Brasil

Presente há sete anos no Brasil, a Pingo Doce foi inspirada em um modelo de sucesso na Espanha. No país europeu, a melancia com características semelhantes ampliou a produção e o consumo. No Brasil, a adaptação do modelo conectou toda a cadeia produtiva.

“Todos ganham quando agregamos valor ao produto”, afirma Golmar Beppler Neto, gerente de vendas da Nunhems no Brasil. Segundo ele, o sucesso da Pingo Doce está na conexão entre produtor, atacado e varejo, com foco na excelência da fruta entregue ao consumidor.

A modernização também chegou ao campo. A Nunhems oferece suporte técnico e orientação em manejo e mercado. A meta não se limita a maior produtividade. Os produtores buscam verticalização, com investimentos em mudas e beneficiamento na propriedade.

Produção em Teixeira de Freitas

Pedro Orita, produtor de Teixeira de Freitas, cultiva a Pingo Doce em 600 hectares. Alcança produtividade acima da média nacional: 60 toneladas por hectare, com picos de até 80 t/ha. A parceria com a BASF o ajudou a entender o cultivo como parte de uma cadeia integrada.

Com irrigação por gotejamento e práticas para proteger polinizadores, a produção se torna mais sustentável. A rastreabilidade garante confiança. A fruta segue direto para os centros de distribuição, com beneficiamento feito no packing house da própria fazenda.

“A valorização da melancia permite novos investimentos. Agora, cada elo da cadeia é um parceiro”, afirma Orita.

Atualmente, o Brasil produz 35 mil toneladas por ano da variedade. As principais regiões produtoras ficam na Bahia, Pernambuco, Goiás, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.

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