Mapa reconhece propriedade mineira como livre de cancro cítrico

13.01.2009 | 21:59 (UTC -3)

Na última sexta-feira (09/01), O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União, Instrução Normativa nº 40 que reconhece uma propriedade localizada no município de Fortuna de Minas, como Local de Produção Livre da Praga cancro cítrico.

O produtor solicitou o título há aproximadamente quatro anos, a fim de comercializar limão com os Estados Unidos, que possui exigências em relação ao cancro cítrico. Após diversos levantamentos e análises laboratoriais feitos pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e pelo MAPA a propriedade obteve o reconhecimento de livre da praga, o que a deixa apta a exportar para qualquer país que possua tal exigência.

É a primeira vez que um produtor rural obtém esse reconhecimento. Para o diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto “o crescimento da inserção dos produtos mineiros no mercado externo é um exemplo do bom trabalho que órgão vem executando e da conscientização dos produtores rurais de que isso é um excelente negócio para eles, além de agregar mais valor ao seu produto, expande seu mercado”.

Causado pela bactéria

pv. citri, o cancro cítrico ataca todas as variedades e espécies de citros e é considerada uma das mais graves doenças dessa cultura.

A bactéria causadora do cancro cítrico foi introduzida no Brasil em 1957 na região de Presidente Prudente (SP) e se espalha facilmente. Um dos maiores agentes dessa disseminação é o homem, por meio do trânsito indiscriminado de pessoas pelos pomares, materiais de colheita, veículos, mudas e outros materiais cítricos contaminados.

Altamente contagiosa, a bactéria é resistente e consegue sobreviver em diversos ambientes por vários meses. Em folhas, ramos e frutos com sintomas, a sobrevivência da bactéria pode durar vários anos.

Como não há medidas de controle capazes de eliminar completamente a praga, as plantas infectadas e a eliminação da bactéria de uma certa área exige a erradicação das plantas doentes e das demais suspeitas de contaminação.

A praga manifesta-se por lesões em folhas, frutos e ramos, e quando em altas severidades pode provocar a queda de frutos e folhas com sintomas. As lesões podem ter variações nas suas características, podendo ser confundidas com outras pragas.

Por isso, sempre que houver suspeita de contaminação em um pomar o produtor rural deve comunicar à unidade mais próxima do IMA para que o material seja recolhido e levado para análise em laboratório credenciado.

A última ocorrência da praga em Minas Gerais foi em abril de 2008 na região de Fronteira. Na ocasião, técnicos do Instituto foram até a propriedade dar assistência ao produtor e acompanhar os procedimentos necessários. As plantas com suspeita de estar contaminadas foram erradicadas.

A bactéria do cancro cítrico não causa mal à saúde humana.

Alice Cordeiro

(31) 3235-3504

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