John Deere inaugura linha de produção de tratores
Duas cultivares de milho comprovadamente produtivas e adaptadas às condições de solo e clima do Amazonas – a BRS Caimbé e a BRS 4103 – tiveram suas recomendações estendidas para o Estado de forma oficial pelo Ministério da Agricultura (Mapa). Lançadas pela Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas/MG) nos anos de 2007 e 2009, os materiais foram avaliados pela Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus/AM) nas safras 2011/2012 e 2012/2013 e se destacaram pelo bom rendimento que obtiveram nos ecossistemas locais de várzea e de terra firme.
As pesquisas para avaliação da BRS Caimbé e BRS 4103 nas condições do Amazonas foram conduzidas pelo pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, Inocencio de Oliveira. Conforme o pesquisador, a produção de milho no Amazonas, é insuficiente para atender a demanda, devido, principalmente, ao baixo nível tecnológico e uso de cultivares pouco produtivas e não adaptadas às condições de solo e clima do Estado.
“Por isso é importante a extensão de cultivo e recomendação de cultivares de milho para o Amazonas, a fim de disponibilizar variedades mais produtivas e adaptadas às condições de solo e clima estaduais. Além disso, trata-se de uma tecnologia de fácil apropriação pelo produtor e são mais duas opções de cultivares a serem produzidas no Estado”, destacou o pesquisador.
Nos experimentos, a cultivar BRS 4103 apresentou produtividade média de 4,9 toneladas (t) por hectare (ha), em grãos de milho seco, e a BRS Caimbé 5,2 t/ha. No Amazonas, o rendimento médio do milho é de menos da metade das duas cultivares: 2,4 t/ha – valor que também está abaixo da média da região Norte (2,9 toneladas por hectare) e do Brasil (cinco toneladas por hectare).
Para alcançar os índices de produtividade, a BRS Caimbé e a BRS 4103 foram cultivadas seguindo as recomendações do sistema de produção. Um dos primeiros alertas está relacionado à época de semeadura do milho, que deve ocorrer entre novembro e março na terra firme e entre outubro e novembro na várzea. Na terra firme, antes do plantio, é preciso fazer calagem e adubação, embasadas na análise do solo da área.
A densidade utilizada nos experimentos foi de 50 mil plantas por hectare, com espaçamento de 80 cm entre fileiras e a distribuição de uma semente a cada 25 centímetros. Depois da germinação, outros cuidados foram tomados, como o controle das plantas daninhas; adubações de cobertura com nitrogênio em terra firme e várzea; e controle da lagarta do cartucho já nos primeiros sintomas apresentados.
A colheita do milho verde pode ser feita a partir do septuagésimo dia. Já o milho seco em grãos está no ponto de colheita com cerca de 120 dias.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura