Mantido o projeto de comunicação para o BRS Piatã

Até meados de 2012 o projeto Comunicação e Transferência de Tecnologia para o Capim BRS Piatã, cultivar protegida de Brachiaria brizantha, segue adiante. Os resultados obtidos, como o Informativo Piatã, que está na sexta edição do seu terceiro ano e o Blog BRS Piatã, canal interativo de comunicação, foram itens que embasaram a prorrogação da proposta, liderada pelo pesquisador José Alexandre Agiova da Costa da Embrapa Gado de Corte (Campo Grande/MS), unidade da Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Na continuação do projeto serão contempladas ações inovadoras voltadas para a implantação de uma unidade de observação (UO) de sistema silvipastoril, a elaboração de uma coletânea sobre o Piatã e uma pesquisa de mercado. Na UO pretende-se obter os ganhos em relação à produção animal, ao componente arbóreo, observando o rendimento econômico das árvores e os aspectos de bem-estar animal e ciclagem de nutrientes.

Ainda no âmbito de uma UO, a Embrapa Gado de Corte e a Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral/CE) avaliam ganho de peso de ovinos na área da Dinâmica Agropecuária (Dinapec), situada nos campos experimentais da Gado de Corte. A ideia é avaliar a eficiência do Piatã nesse sistema tendo ovelhas e cordeiros como componente animal.

“O uso da BRS Piatã em sistemas de ILPF é um mercado em expansão o que implica em benefícios às empresas rurais e aos pecuaristas que têm investido em sistemas de ILPF”, aponta o doutor em forragicultura Alexandre Agiova.

Mercado – De olho neste mercado em crescimento, no projeto há um plano de ação (PA) que monitorará as operações diárias e o atendimento às demandas dos clientes nas etapas do processo de vendas, com o objetivo de segmentar o público-alvo e o próprio mercado. Há também o intuito de monitorar as áreas plantadas do capim, tanto em monocultivo quanto em ILPF.

Como estratégia, explica o responsável pelo PA, o analista de marketing e transferência de tecnologia, Luiz Antônio Dias Leal, será disponibilizado um questionário on-line para que os vendedores das empresas distribuidoras de sementes possam especificar informações sobre: as abordagens e planejamento utilizados para buscar os clientes; o contato inicial entre cliente e vendedor; o modo como o produto é apresentado para a venda; a forma como é tratada as objeções do cliente; o fechamento das vendas; e a prospecção de utilização do produto.

“Após seis meses de monitoramento iremos elaborar um plano de comunicação no qual pretendemos organizar uma estratégia para levar aos clientes potenciais informações que permitam a decisão de adoção do uso do capim BRS Piatã em bases mais sólidas”, revela Luiz.

Piatã – Lançado em 2007, a primeira cultivar de forrageira protegida da Embrapa, a BRS Piatã foi desenvolvida a partir da coleção de forrageiras da Empresa e passou por avaliações durante 16 anos. O nome Piatã foi escolhido como forma de homenagear o povo indígena tupi-guarani e significa fortaleza, valentia e coragem.

A BRS Piatã é uma planta de porte médio com altura entre 0,85 m e 1,10 m, não tem pêlos nas folhas e seus colmos são finos e verdes. Moderadamente resistente às cigarrinhas típicas de pastagens, não é resistente à cigarrinha-da-cana, comum na região Norte do Brasil.

Apropriada para solos de média fertilidade, floresce cedo, nos meses de janeiro e fevereiro, distribuindo melhor a sua produção nos meses mais secos (36% da produção de folhas) e sua inflorescência apresenta até 12 ramificações, o que a diferencia das demais cultivares e destaca-se também pelo elevado valor nutritivo e alta taxa de crescimento e rebrota, com sistema de manejo semelhante ao capim-marandu.

Ao longo de 33 anos a Embrapa Gado de Corte, em parceria com outras Unidades, pesquisou e lançou sete cultivares: os capins Marandu, Mombaça, Tanzânia, Massai, Xaraés, estilosantes Mineirão e Campo Grande. O capim Piatã é o oitavo exemplar colocado à disposição do produtor e o primeiro registrado.

Mais informações:

Dalízia Aguiar

Área de Comunicação e Negócios – ACE

(67) 3368-2144.