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A giberela é a principal doença do trigo na Região Sul, onde o manejo tem sido a estratégia de controle mais eficiente. Veja como identificar o melhor momento de fazer o controle químico e as alternativas apontadas pela pesquisa no webinar “Manejo de Gilberela”, marcado para quinta-feira, dia 12/08, às 19h30, no canal da Embrapa no Youtube.
A giberela é uma doença causada pelo fungo Gibberella zeae, que exige atenção no trigo a partir do espigamento até o enchimento de grãos. A doença pode ocasionar tanto danos no rendimento quanto na qualidade dos grãos, uma vez que quando a espiga é afetada nos primeiros estágios o grão não é formado, e a maioria dos que se formam são perdidos no processo de colheita. Na alimentação, os grãos com giberela podem estar contaminados com micotoxinas, que comprometem a saúde humana e causam complicações digestivas nos animais. A legislação brasileira estabelece redução gradativa dos limites máximos tolerados para diferentes micotoxinas, de acordo com a categoria do alimento, o que restringe a comercialização de grãos contaminados por fungos causados pela giberela.
A giberela é extremamente influenciada pelo ambiente, cujas condições climáticas favoráveis são de frequente precipitação pluvial e temperaturas entre 20 °C e 25 °C. No Brasil, essa condição climática é comum na Região Sul nos anos de ocorrência de El Niño, com desenvolvimento de epidemias.
Para minimizar os danos com giberela, a pesquisadora da Embrapa Trigo, Maria Imaculada Pontes Moreira Lima recomenda acompanhar diariamente as previsões climáticas: “A ocorrência de giberela depende de precipitações pluviais elevadas, ou seja, dias consecutivos de chuva. A temperatura entre 20 e 25ºC, típica de primavera, é uma porta aberta para a doença”, alerta a pesquisadora, lembrando que o controle com o uso de fungicidas não tem eficiência por completo, resolvendo em 50 a 70% no combate ao fungo, por isso a aplicação precisa ser assertiva.
Como ainda não existem cultivares de trigo com bom nível de resistência genética, o controle químico eficiente é imprescindível. Mas a recomendação da pesquisa é aplicar fungicida somente quando houver ambiente favorável à infecção. Nesse sentido, a aplicação deve ser feita antes da ocorrência de chuvas previstas, assim quando ocorrer a chuva, as espigas já devem estar protegidas. O período de proteção com os fungicidas (combinação de triazóis e estrubirulinas) está estimado em, no máximo, 15 dias, quando, em caso de nova previsão de chuvas, é necessária uma segunda aplicação.
O webinar “Manejo de Gilberela” vai contar com a participação dos engenheiros agrônomos Mariah Mattei, da Cotrijal, falando sobre tecnologia de aplicação; e Heraldo Feksa, da FAPA/Agrária, falando sobre proteção de plantas. A moderação será do chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Trigo, Giovani Faé.
Serviço - Webinar Manejo de Giberela
Quando: 12/08, às 19h30
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