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Ao longo dos anos, as pesquisas do Fundecitrus conseguiram obter muitas informações sobre o papel das brotações e o comportamento tanto do psilídeo quanto da bactéria do greening, conhecimento fundamental para o desenvolvimento de estratégias eficientes de manejo. Confira algumas dessas informações:
É o processo que leva ao surgimento de novos tecidos (brotos), normalmente nas extremidades dos ramos e das copas das plantas.
Porque os brotos são os locais onde os psilídeos se alimentam e se reproduzem. Eles são atraídos pela cor, que é verde clara, contrastando com o verde escuro das folhas maduras, e por substâncias químicas voláteis.
Porque possuem camadas de células com paredes finas, o que facilita a penetração do estilete (aparelho bucal) tanto do inseto adulto como da ninfa, que é a fase de vida do inseto que acontece logo após a eclosão dos ovos.
À medida que o broto amadurece, seus tecidos ficam mais rígidos, dificultando a penetração do estilete da ninfa e prejudicando a alimentação do inseto. Por isso, muitas morrem e não chegam à fase adulta.
A idade da planta, o clima e a prática de poda. Plantas jovens que ainda não começaram a produzir frutas emitem brotos quase que o ano todo. Plantas adultas emitem brotos em diferentes épocas, estimuladas principalmente pela ocorrência de chuvas e por temperaturas acima de 20°C. A poda lateral e do topo das plantas é também um grande estimulador de brotações. Além disso, a planta precisa de boas reservas nutricionais como condição fisiológica para brotar.
Para crescer, os brotos também dependem da temperatura e da umidade do solo. Por exemplo, entre 22 e 25°C e com solo úmido, os brotos podem crescer, em média, de 1 cm a 1,5 cm por dia, e sob temperaturas mais altas podem crescer até 4 cm por dia.
As fases mais favoráveis à alimentação do psilídeo são as fases de crescimento do broto (V2 a V6). Nessas fases, os brotos são mais moles com a presença de folhas pequenas em rápida expansão ou totalmente expandidas. A fase V7, quando as folhas já estão totalmente maduras, é menos favorável, mas ainda assim serve de alimento ao inseto.
A transmissão é dividida em três etapas:
A bactéria se movimenta levada pelo fluxo da seiva do floema, que vai em direção às partes em crescimento, como novos brotos e raízes. Essa movimentação contribui para a disseminação da doença porque a bactéria é levada para os brotos, onde o psilídeo costuma se alimentar.
A perturbação ou o amadurecimento dos brotos incentiva o psilídeo a migrar para outras plantas, e o aumento da temperatura e a baixa umidade do ar induzem a dispersão do inseto. Os ventos favorecem a sua dispersão para distâncias mais longas e também indicam a direção de migração.
Estratégias de manejo do psilídeo: nesse webinar, profissionais do Fundecitrus falam sobre o momento de alta população e como controlar o inseto. Assista acessando aqui.
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