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Líderes globais da multinacional indiana UPL visitaram a Unidade Laboratorial de Referência em Controle Biológico do Instituto Biológico (IB-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em 23 de outubro. A comitiva foi formada pelo CEO Global, Jai Shroff, pelo COO Global de Estratégia, Inovação e Integração, Carlos Pellicer, além do Global Business Development - Director, Bharat Dutia, do CEO Brasil, Fabio Torretta, e dos Global Program Lead - Strategy & Innovation, Gilson Oliveira e Carlos Fabri. Eles conheceram as pesquisas do IB na área de controle biológico, um mercado que cresce 20% ao ano no Brasil, aproximadamente.
O Instituto Biológico é referência no Brasil e no exterior em pesquisas com controle biológico, tecnologia sustentável que prevê o uso de inimigos naturais para controlar determinada praga ou doença. O IB desenvolve pesquisas em controle biológico há 50 anos e possui soluções tecnológicas para a aplicação de bionsumos em importantes pragas da cana-de-açúcar, soja, banana, seringueira, hortaliças, morangos e flores. Ao todo, 80 empresas brasileiras que produzem bioinsumos utilizam cepas selecionadas pelo Instituto ou passaram por treinamento na instituição.
O CEO Global da UPL, Jai Sroff, disse estar impressionado com as pesquisas do IB e suas aplicações práticas. "Quando visitamos instituições de pesquisa, normalmente não vemos a aplicação das soluções geradas de forma tão prática como vimos aqui", afirmou.
"A visita da UPL ao IB foi muito produtiva. A empresa está em mais de 130 países e desenvolve ações muito convergentes aos trabalhos de pesquisa do Instituto Biológico. Com certeza poderemos desenvolver muitos projetos em conjunto", comemorou Ana Eugênia de Carvalho Campos, diretora-geral do IB.
A diretora do IB explicou aos líderes da UPL o novo momento em que vivem as instituições de pesquisa do Estado de São Paulo para desenvolver projetos em conjunto com a iniciativa privada, resultado de legislações federal e estadual recentes que permitiram maior interação e parceria entre os institutos públicos e o setor produtivo.
Ana explicou também sobre a proposta do Núcleo de Pesquisa Orientada a Problemas no Estado de São Paulo (NPOP) do IB para atender edital lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que tem como temática o desenvolvimento de bioprodutos para a agricultura tropical. O Núcleo liderado pelo Instituto Biológico conta com o apoio de cerca de 20 empresas e instituições de pesquisa do Brasil e do exterior e é orientado para resolver, de forma colaborativa, os principais problemas da atividade no Brasil. A proposta está em análise pela FAPESP.
Segundo Carlos Pellicer, este modelo de trabalho em conjunto com a iniciativa privada para inovar é muito importante, pois cria o chamado círculo virtuoso, onde os recursos alcançados com o pagamento de royalties pelas tecnologias são investidos em novas pesquisas, trazendo novos resultados para o setor produtivo. "Vi aqui uma equipe de pesquisadores motivada e interessada em desenvolver tecnologias que podem melhorar o mundo. São desenvolvidas aqui inovações viáveis para uma produção mais sustentável, algo que está muito conectado com os propósitos da UPL. Não tenho dúvidas que vamos fazer muitos projetos juntos", afirmou.
Segundo Fabio Torretta, a UPL tem consciência da necessidade de integrar dois mundos que pareciam diferentes, o de produtos biológicos e químicos. "Vemos uma oportunidade muito grande em trabalhar em conjunto com o Instituto Biológico", disse.
Os líderes da UPL foram recepcionados por Antonio Batista Filho, coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), responsável por coordenador os seis Institutos e 11 Polos Regionais de pesquisa agropecuária do Estado de São Paulo. "Não é à toa que o Brasil pratica a melhor agricultura tropical do planeta. Nossos resultados estão baseados em ciência e as unidades de pesquisa da APTA têm contribuído de forma muito significativa para isso. Se somarmos a idade dessas unidades, teremos mais de 500 anos de atuação em pesquisa agropecuária", afirmou Batista Filho, que é pesquisador do IB há 37 anos e sempre atuou em controle biológico.
O pesquisador do IB, José Eduardo Marcondes de Almeida, contou aos visitantes que a ULR - Controle Biológico, que é ligada ao Centro Avançado de Pesquisa em Proteção de Plantas e Saúde Animal do Instituto, foi criada há 50 anos. Seus resultados estão espalhados em mais de dois milhões de hectares cultivados com cana-de-açúcar no Brasil, três milhões de soja, 2.500 hectares de plantas ornamentais e morango, além de mil hectares cultivados com banana.
Pesquisadores do IB apresentaram seus projetos de pesquisa e aplicações aos visitantes, que conheceram toda a estrutura laboratorial do Instituto.
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