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A produção paulista de laranja (para indústria e mesa) deverá atingir 327,8 milhões de caixas (40,8 kg) na safra 2013/14, de acordo com a primeira estimativa de safra. O levantamento é fruto da parceria entre Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) e Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgãos da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo (SAA) e a Conab, pertencente ao Mapa.Estima-se que 279,1 milhões de caixas (85%) sejam destinadas às indústrias processadoras de suco e 48,7 milhões (15%) tenham como destino o mercado in natura.
Os motivos apontados para a queda na produção são fatores climáticos (baixa precipitação na época do pegamento, que reduziu a quantidade de frutos por planta da primeira florada) e maior incidência de doenças que vêm acometendo os pomares (pinta preta, cancro cítrico e greening) – provocada também pela falta de investimento nos tratos culturais. A expectativa dos produtores para essa safra quanto à produtividade média é de 1,72 caixas por planta, o que corresponde a 660 caixas de 40,8 kg por hectare, afirmam José Alberto Ângelo, Vera Lúcia Ferraz dos Santos Francisco, Denise Viani Caser, Priscilla Rocha Silva Fagundes, Celma da Silva Lago Baptistella, Maria Carlota Meloni Vicente e Paulo José Coelho, pesquisadores do IEA.
As informações referem-se à safra 2013/14 e a coleta de dados ocorreu no mês de abril de 2013, mediante aplicação de questionário junto ao responsável pela unidade de produção agrícola. Neste primeiro levantamento, a área ocupada com laranja é estimada em 531,5 mil hectares, sendo a área em produção de 497 mil hectares. Para esta safra observou-se processo de erradicação na ordem de 36,7 mil hectares, sendo que 72% dessa área,de acordo com os produtores, foi substituída pela cana-de-açúcar e 15% por milho e soja, com maior incidência nos Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDRs) de Araraquara, Barretos e Limeira.
De acordo com os pesquisadores, na última década, a citricultura paulista teve como principal característica a adoção de tecnologia, de manejo de pragas e doenças, aumento de densidade de plantio, irrigação e adubação o que acarretou ganhos de produtividade. Entretanto, no último ano o setor passou por uma de suas mais severas crises, influenciada pela diminuição do consumo de suco no mercado externo e elevados estoques, uma vez que a indústria não processou a quantidade de laranja esperada. Muitos produtores estão se descapitalizando ao longo dos anos não só pelos baixos preços recebidos pela caixa da fruta, mas também pelo aumento de custo de produção devido ao aumento de problemas fitopatológicos.
A íntegra da 1ª previsão de safra está disponível em:
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