Lagarta da aveia ataca lavouras de milho na região de Campos Novos

18.10.2010 | 21:59 (UTC -3)

A conhecida lagarta da aveia (Pseudaletia sp.) que já trouxe problemas na cultura do trigo e da aveia neste ano, estão prejudicando também a cultura do milho. Produtores da região de Campos Novos estão precisando realizar um manejo diferenciado da cultura para poder minimizar os danos causados pela lagarta. A espécie que se alimenta preferencialmente durante a noite e em dias nublados ataca as folhas das plantas de milho iniciando pelas bordas até a nervura central.

 

De acordo com o Engenheiro Agrônomo Anelcindo Souza Júnior, da Pioneer Sementes, esta praga tem características diferenciadas da lagarta do cartucho, por exemplo. Com comportamento mais calmo, tem população instável, ou seja, podendo aumentar ou manter-se estável dependendo das condições ambientais, variando de lavoura para lavoura.

 

“A identificação da lagarta da aveia pode ser feita principalmente pelo dano característico causado por esta praga. A maneira em que corta o limbo da folha é bastante parecida com a lagarta Curuquerê dos Capinzais (Mocis latipes), que ataca pastagens, além de apresentar cabeça mais clara e arredondada que a lagarta do cartucho e de fácil confusão com a lagarta rosca devido a semelhança. A lagarta da aveia também apresenta uma estria esbranquiçada em sua lateral, diferenciando-a das demais pragas”, explica Souza Júnior.

 

Existem algumas informações não oficiais de que a lagarta da aveia está se alimentando também de matéria seca, e por isso sua população está se mantendo mesmo com a dessecação das coberturas, nesse sentido mesmo com a dessecação antecipada de 30 dias, esta praga ainda esta sobrevivendo e vindo a trazer prejuízos no estabelecimento da lavoura, que com a perca da população de plantas ocorrerá diminuição na produtividade. “Há maior incidência da praga em coberturas de aveia e azevém dessecados. O grande problema é que a tecnologia BT não tem ação sobre essa espécie de lagarta e observações a campo demonstram que onde a dessecação antecipada das coberturas foi feita com inseticidas fisiológicos praticamente não tem incidência da lagarta, já áreas dessecadas com inseticidas do grupo dos piretróides apresentam maior presença e nas áreas sem uso de inseticida há grande ataque da lagarta”, ressalta o Engenheiro Agrônomo da Pioneer.

 

Segundo o coordenador do Departamento Técnico da Copercampos, Engenheiro Agrônomo Marcos Schlegel, a lagarta da aveia sempre esteve presente em algumas áreas, porém, sem trazer danos consideráveis às culturas, porém, agora o problema está sendo diagnosticado e trazendo mais prejuízos. “A lagarta da aveia está atacando as plantas jovens da cultura do milho onde não foi feito o manejo adequado com inseticida fisiológico e isso irá refletir em perda de produtividade ao final do ciclo caso o produtor não controle a praga em tempo hábil”, comenta Schlegel.

 

O manejo traz resultados

A aplicação de inseticidas após a emergência da cultura e com o diagnostico de presença da lagarta onde não foi feito o manejo antecipadamente estão trazendo ótimos resultados de controle. “Estamos indicando e temos resultados de que o manejo com Clorpirifós ou Zetacipermetrina principalmente antes da chuva ou nas horas com temperaturas amenas durante o dia controlam a praga e reduzem os danos causados pela lagarta”, finaliza Schlegel.

 

Felipe Götz

Copercampos - Matriz / Campos Novos - SC

(49) 3541-6039

comunicacao@copercampos.com.br

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