Potencial nordestino para Indicação Geográfica entra em debate na Paraíba
A região da Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, é uma das principais áreas produtoras de frutas do país, com destaque na produção de uvas. Entre as cidades que são referências na produção da fruta está Bento Gonçalves/RS, devido à existência de grandes áreas produtoras e vinícolas.
Tendo em vista a importância da produção de uva na região, a busca por novas técnicas que garantam melhorias na qualidade da lavoura é constante, já que uma matéria-prima de qualidade é fundamental para a produção de bons vinhos. “Para se obter frutos com boa qualidade é necessário realizar um bom manejo da cultura, evitando o ataque de pragas e doenças. Porém, para que a produção tenha uma boa sanidade é importante que se tenha uma boa tecnologia de aplicação”, explica o Assistente Técnico da Divisão de Projetos Agrícolas da IHARA, Faber de Souza Pereira.
Para colaborar com melhorias no manejo da uva e das demais culturas na Serra Gaúcha, o Planta Forte sobre rodas, laboratório móvel da IHARA, em parceria com o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), iniciou um trabalho que visa realizar diagnósticos em Atomizadores em propriedades na Serra.
“O trabalho tem como principal objetivo diagnosticar a tecnologia de aplicação em Atomizadores na Serra Gaúcha, e dessa forma entender a realidade do manejo fitossanitário na região. Com isso é possível estratificar os produtores em grupos de acordo com os desempenhos e as eficiências semelhantes, identificadas nos diagnósticos”, afirma Faber.
A ideia é em seguida propiciar treinamentos e capacitação da mão de obra de acordo com as necessidades identificadas. Essas atividades buscam também a otimização do uso dos defensivos e a redução dos impactos ambientais.
“Fizemos os diagnósticos iniciais e constatamos a carência de informações sobre tecnologia de aplicação na região. Com esse diagnóstico demos início ao trabalho para levantar as dificuldades do setor na região, e com isso identificar os principais pontos de informação que os produtores necessitam”, conta Faber.
Os elementos avaliados nos diagnósticos foram analisados de três maneiras: entrevista com o produtor, inspeção visual do equipamento e a utilização de cálculos de aferição. Esses elementos foram avaliados de acordo com alguns indicadores, como cultura, condição ambiental na hora da aplicação, segurança dos equipamentos, uso de EPIs, rotação do trator, conservação dos equipamentos, entre outros, finalizando com a verificação da aferição do equipamento para saber se a aplicação de volume por hectare está de acordo com a desejada pelo agricultor.
“Apesar do trabalho ainda em andamento, temos indicativos para concluir que a manutenção e as regulagens dos equipamentos são deficientes. As avaliações realizadas fortaleceram ainda mais nossa preocupação com os tratamentos fitossanitários na Serra Gaúcha e nos incentivam a continuar este trabalho, que está resultando em melhorias nos equipamentos por indicarmos correções diretamente aos produtores”, afirma o Professor de Mecanização Agrícola do IFRS, Otávio Machado.
Attuale Comunicação
(11) 4022-6824
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura