Agritech comemora 11 anos
Diagnosticar fungos, bactérias, vírus, viróides e nematoides (patógenos) que infectam plantas e sementes da agricultura familiar, no Estado da Bahia, esta é a principal atividade do laboratório de Fitopatologia, da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura, com sede em Salvador/BA. Com este trabalho, o laboratório monitora a entrada e a disseminação de doenças que podem prejudicar lavouras inteiras, no estado. A clínica fitopatológica da EBDA, situada no bairro de Ondina, atende a todo o sistema de pesquisa e extensão rural baiano, realizando a identificação de patógenos e pragas e recomendando o manejo e o controle para a prevenção de doenças.
Nos laboratórios fitopatológicos são realizadas análises microbiológicas, em plantas e sementes, que tenham representatividade econômica e social para a agricultura. Também são desenvolvidas atividades de apoio à certificação fitossanitária de citros, implementação e desenvolvimento de métodos de diagnose eficientes para patógenos quarentenários (que ocorrem no Estado e aqueles que são ameaça para o mesmo) para a fruticultura.
Os trabalhos são coordenados pelas fitopatologistas Cristiane de Jesus Barbosa e Maria Zélia Alencar de Oliveira, que lideram uma equipe de oito pesquisadores que atuam nas mais diversas frentes de trabalho fitopatológico, tais como: diagnóstico para identificar os agentes de doenças; patologia de sementes; verificação de sanidade das sementes, manejo e controle biológico de doenças.
Cristiane Barbosa informa que o laboratório recebe amostras de todo o estado. “Sementes de feijão, milho, mamona, soja e pinhão manso são analisadas periodicamente por nossa equipe. São diagnosticadas doenças como fusariose, murchas, mela e podridões, que podem causar a perda parcial ou total da lavoura”, conta a técnica. Nas analises laboratoriais os pesquisadores fazem a leitura especializada das amostras, que em um aparelho microscópio, identificam as colônias dos fungos.
A pesquisadora Maria Zélia Alencar comenta que as amostras devem apontar desde os sintomas iniciais da doença até os mais avançados. “Um procedimento essencial para a execução dos trabalhos é não misturar as amostras em uma mesma embalagem, e todas devem ser acompanhadas do formulário de encaminhamento disponibilizado na sede, ou por solicitação para o laboratório”, informa a fotopatologista.
O Laboratório de Fitopatologia da EBDA vem se consolidando como uma unidade de pesquisa. A equipe, multinstitucional, é constituída por técnicos e pesquisadores da EBDA, da Embrapa Mandioca e Fruticultura, com sede em Cruz das Almas, da Adab e da UFBA, formando um Núcleo respeitado junto a comunidade científica do estado da Bahia, que recebe apoio da Fundação de Amparo a Pesquisa da Bahia (Fapesb) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
As linhas de pesquisas desenvolvidas no Laboratório são: Monitoramento patógenos e insetos transmissores em citros; Seleção de variedades resistentes a doenças em maracujazeiro; Controle biológico de patógenos e de insetos vetores de doenças; Estudos de identificação e caracterização molecular de patógenos importantes para a fruticultura; Patologia de sementes de mamona, e Identificação de resistência de patógenos à agrotóxicos utilizados na fruticultura no Estado.
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