J. Assy repercute novidades da feira World Agri-Tech, nos EUA

CEO da J. Assy acompanhou o evento e repercute como as principais discussões apresentadas no encontro podem ser aplicadas ao agronegócio mundial, sendo o Brasil considerado referência em muitas das práticas

04.04.2022 | 14:19 (UTC -3)
Elisa Polonio

No final de março, a cidade de San Francisco, nos EUA, recebeu a World Agri-Tech Innovation Summit, o maior evento de inovação voltada ao agronegócio do mundo.

José Roberto Assy, CEO da J. Assy, empresa referência em tecnologia aplicada ao agronegócio, esteve no evento e acompanhou as discussões. O executivo destaca três principais abordagens em que o Brasil já apresenta boas práticas, porém agora estão recebendo atenção mundial: agricultura com baixa emissão de carbono, controle biológico de pragas e doenças, além da robótica e automatização do maquinário agrícola.

O plantio direto e a redução da emissão de carbono

“Uma preocupação que tem crescido em todo o mundo é a realização de uma agricultura mais sustentável, que colabore no combate às mudanças climáticas, o que significa plantios com menos emissão de carbono. Na prática, já temos isso no Brasil com o plantio direto”, explicou José Roberto Assy. “Ele é realizado com a distribuição da palha diretamente sobre o solo, sem arar, nem gradear. O Brasil já é campeão mundial desse manejo: quase 90% da nossa área de grandes culturas é de plantio direto”.

O executivo explica que, além da redução considerável da emissão de carbono, o plantio direto com a palha colabora com a fertilidade do solo por meio do depósito de matéria orgânica, além de evitar a erosão.

Menos defensivos químicos, mais soluções biológicas

Segundo o CEO, outro tema de ampla discussão no encontro foi a intensificação do uso de defensivos biológicos em substituição aos químicos. Dados da Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio) também ressaltam o crescimento do mercado de defensivos biológicos. De acordo com a instituição, a indústria de biocontrole está crescendo 5,3 vezes mais rápido em comparação à de químicos.

Os defensivos biológicos podem ser classificados tanto como macrobiológicos, que compreendem ácaros, insetos e nematoides; quanto microbiológicos, que comtemplam vírus, bactérias, protozoários e fungos. Exemplos dessa prática são o uso de joaninhas vivas para o extermínio de pulgões em diversas culturas, além das vespas Cotesia flavipes e Trichogramma galloi que parasitam a broca-da-cana, praga que acomete a cana-de-açúcar.

Robótica e automação

José Roberto Assy ainda apontou o destaque recebido pelo segmento de automação e robótica no agronegócio, inclusive envolvendo veículos autônomos. “Outro ponto abordado nesse aspecto foi a agricultura regenerativa, que demonstra ser extremamente tecnificada pra que você consiga aplicar o mínimo possível de produtos químicos, e assim consiga regenerar o mais rápido possível o solo e a vida biológica dele. Quanto a isso, percebo que, no Brasil, inclusive a própria J. Assy, está muito bem preparada para prover os melhores equipamentos”, destaca.

“Esses dois dias de evento mostraram que o Brasil é um player importante no agronegócio mundial, inclusive em prover tecnologia. Estamos na dianteira em muitas práticas, e acredito que esse é um território que devemos nos apropriar para sermos referência tanto na América Latina como no agronegócio mundial”, finaliza o executivo.

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