Mapa participa de encontro para estimular consumo de frutas e hortaliças
Especialistas do Brasil e mais cinco países estiveram reunidos para discutir novos caminhos para um sistema de produção sustentável na pecuária de corte intensiva.
Os novos rumos para a produção pecuária brasileira, com foco na sustentabilidade e aumento da produtividade na atividade, estiveram no centro das discussões da Interconf 2009 (Conferência Internacional de Confinadores), que reuniu, em Goiânia (GO), mais de 1200 profissionais, entre pecuaristas, técnicos, empresários e formadores de opinião, além de especialistas do Brasil, Argentina, EUA, Austrália, África do Sul e Inglaterra.
Não é de hoje que especialistas e técnicos sinalizam para o fato de que os atuais índices de produtividade da pecuária de corte brasileira, que produz por ano uma média 0,9 UA (Unidade Animal - 450 Kg.) por hectare, se mostram insustentáveis considerando o crescimento da demanda mundial por proteína animal e os custos de produção de um quilo de carne. Também não é de hoje as discussões em torno da segurança alimentar, produção sustentável e da vocação do Brasil como fornecedor mundial de alimentos.
Segundo o professor e pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), Sérgio De Zen, um único movimento no sentido de elevar os atuais índices de produtividade da pecuária brasileira para patamares mais próximos do que já é feito com sucesso pelos países onde a pecuária registra maior grau de desenvolvimento, cerca de 3.5 UA/ha/ano, mais que dobraria a atual capacidade de produção e processamento de carnes no Brasil, sem a necessidade de desmatar um único hectare de floresta, mata ciliar, ou qualquer área de preservação permanente.
Assim, o confinamento de gado no Brasil é uma atividade que assume importância cada vez mais estratégica no fornecimento de carne, principalmente durante os meses de entressafra do boi. “Entre os meses de agosto a novembro, quando os animais do confinamento estão entrando no mercado, a atividade tem peso muito maior na composição dos preços, respondendo por até 30% do total de gado abatido pelos frigoríficos nesse período”, analisa Juan Lebrón, diretor executivo da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon).
Embora o Brasil ocupe a segunda colocação no ranking mundial da produção de carne bovina em sistema de confinamento, os números diferem significativamente em relação aos Estados Unidos. Com um rebanho bovino de 95 milhões de cabeças, os Estados Unidos é dono da maior produção mundial de carne em regime de confinamento com volume de abate superior a 15 milhões de cabeças, enquanto no Brasil esse número é de 3 milhões/cabeças, com um rebanho de cerca de 170 milhões.
“Diante desse cenário, é fundamental o investimento em sistemas de produção intensivos que utilizem tecnologia capaz de permitir o aumento da produtividade por área, além de atender as exigências do mercado quanto à padronização, escala e regularidade no fornecimento de carne”, afirma o presidente da Assocon, Dr. Ricardo de Castro Merola.
Para informações e inscrições acesse
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Fonte: Texto Assessoria de Comunicações: Telefone (11) 2198-1888
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