Novas variedades aumentam rendimento da cana em até 20%
Levantamento do CTC tem como base histórico de 100 usinas, que representam cerca de 45% da moagem do Centro-Sul
Estudo revelou que lagartas de borboletas da família Riodinidae interagem exclusivamente com determinadas espécies de formigas. Qualquer tentativa de troca resulta na morte das larvas.
A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Os pesquisadores realizaram experimentos com as espécies de lagartas Juditha molpe e Nymphidium chione, coletadas na Estação Ecológica Serra das Araras, no Mato Grosso.
Cada uma dessas lagartas convive exclusivamente com uma espécie de formiga: Juditha molpe com Dolichoderus bispinosus e Nymphidium chione com Pheidole biconstricta. Quando os pares foram trocados, as lagartas foram atacadas e mortas pelas formigas estranhas.
No experimento, as lagartas secretaram um líquido açucarado por meio de órgãos especializados para tentar garantir a proteção das formigas. No entanto, as formigas que não estavam acostumadas com essas lagartas inicialmente as toleraram, mas posteriormente demonstraram comportamento agressivo, resultando na morte das lagartas.
Os cientistas analisaram os hidrocarbonetos cuticulares das lagartas e das formigas para entender a interação química entre elas. Os resultados mostraram que as substâncias químicas das lagartas são distintas daquelas das formigas, mas funcionam como sinalizadores de alimento para as espécies parceiras.
Segundo Luan Dias Lima, primeiro autor do estudo, a especificidade da interação é tão importante que as borboletas adultas depositam seus ovos apenas em plantas que tenham a formiga apropriada. Sem essa interação, as lagartas ficam vulneráveis a predadores.
O estudo integra um projeto mais amplo sobre evolução da plasticidade e dimorfismo entre castas em sociedades de insetos, coordenado por Fábio Santos do Nascimento, da USP. Os pesquisadores agora investigam se pequenas quantidades de hidrocarbonetos podem também reduzir ataques de outros inimigos naturais, como predadores e parasitoides que utilizam pistas químicas para localizar presas.
Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.1111/1744-7917.13474
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura