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Fundado em 1887, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) segue como princípio a diversificação para atender as demandas do Estado de São Paulo.
Sediado em Campinas, o órgão de pesquisa é vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Sua missão estabelecida é gerar e transferir Ciência e Tecnologia para o agronegócio, com o objetivo de melhorar os sistemas de produção vegetal e o desenvolvimento sócio-econômico do Estado.
O presidente do IAC, Marco Antonio Teixeira Zullo, lembra que a instituição está fortemente ligada aos produtos que consolidaram São Paulo no setor do agronegócio em escala nacional: o café, o citrus e a cana de açúcar e que, por esse motivo, não se pode negar sua importância. Em cada área, há uma especifica que destaca o órgão. “Na citricultura, sediamos o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Genômica de Citrus, que congrega também outras seis instituições no país. Na cafeicultura, o Centro de Café é uma instituição líder, haja vista que 90% do grão, que é plantado no Brasil, principalmente de origem arábica, é do IAC. Na cana de açúcar, nossos genótipos são responsáveis por uma cobertura de 20% do Brasil, o que não é pouco”, elenca.
Além disso, Zullo ressalta as pesquisas realizadas na área de frutas. “O que se faz no Estado de São Paulo e no país, nas áreas de clima temperado, deve-se muito também às antigas seções de fruticultura de clima tropical, temperado agronômico, hoje Instituto de Frutas do IAC”, diz. A instituição também é composta pelo Centro de Ecofisiologia e Biofísica, Centro de Engenharia e Automação, Centro de Fitossanidade, Centro de Grãos e Fibras, Centro de Horticultura, Centro de Recursos Genéticos e Centro de Solos e Recursos Ambientais. “Nosso desafio no instituto é estar sempre fazendo por encontrar soluções em curto prazo e que sejam abrigadas pelos produtores rurais”, acrescenta o presidente.
O espaço físico do Instituto Agronômico de Campinas é composto por uma área de 1.279 hectares. Eles são divididos em Sede, Centro Experimental Central e quatro Centros Avançados de Pesquisa, composto por casas de vegetação, laboratórios e demais instalações que dão infra-estrutura adequada aos trabalhos desenvolvidos. Fazem parte da composição do IAC, 216 pesquisadores científicos e 372 funcionários que dão apoio ao que é realizado na instituição.
No entanto, o órgão não se concentra apenas em pesquisas dos produtos plantados no Estado de São Paulo. Segundo Zullo, não existe, necessariamente, um foco maior na atuação do Instituto Agronômico. “O desafio do IAC é encontrar soluções integradas não só no tratamento fitossanitário, mas também em sistemas de produção, melhoramento genético e em tratos culturais, de maneira que o genótipo desenvolvido no órgão seja adequado às diferentes condições de ambiente em diferentes pontos do país”, afirma.
Outros aspectos que são trabalhados pelos pesquisadores são aqueles que dizem respeito às pragas que devem ser combatidas na agricultura. Um exemplo citado pelo presidente é o caso do greening, doença causada por bactérias que ataca os citrus e que inutiliza o aproveitamento dos frutos. “No caso do greening existe um esforço bem maior e concentrado para a solução desse problema. Mas isso não quer dizer que a gente esqueça outros aspectos do cultivo econômico”, finaliza.
Michel Lacombe
Portal RIPA
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