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Para tratar das perspectivas, visando expandir as atividades com apoio da extensão rural para atendimento dos produtores de abacaxi, participantes do programa PIF – Produção Integrada de Frutas, representantes da Seagro - Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, produtores e parceiros se reuniram nesta segunda-feira (9), na Fazenda Roncador, município de Aparecida do Rio Negro.
Segundo o coordenador de Desenvolvimento Vegetal da Seagro, José Américo Vasconcelos, é preciso que se faça um nivelamento das ações para atender os produtores, pois é crescente a cultura no Estado. “A equipe atual é pequena para acompanhar todo o processo da produção integrada, por isso buscamos a parceria de todos os órgãos envolvidos para incentivar, ainda mais, a adesão voluntária de mais produtores ao programa, que é modelo para outros estados”, justificou.
Para o secretário executivo da Seagro, Ruiter Padua, é importante para o Tocantins recuperar a produção de abacaxi, e que o Governo do Estado, por meio da Seagro, irá buscar alternativas para capacitar os técnicos para ajudar na equipe de monitoramento. “Vamos reforçar as ações para aumentar a área e os produtores, e propor ainda, a criação de um centro de referência para disponibilizar, as técnicas e todo o processo do PIF, para os agricultores interessados”, sugeriu.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Fruticultura e responsável técnico pelo PIF no país, Aristóteles Pires de Matos, a assistência técnica, na orientação e monitoramento do processo de produção, é a principal dificuldade para expandir o programa para outros produtores. “Iniciamos o programa em 2004, com a adesão de apenas um produtor, atualmente são quase 90 propriedades, distribuídas em 11 municípios, a maioria na região Central. O resultado é excelente e hoje o Tocantins é referência do PIF abacaxi para todo Brasil”, pontuou.
O objetivo da produção integrada é a produção de frutas com qualidade e de forma econômica, respeitando o ambiente, a saúde do consumidor e do produtor, através da minimização do uso de agroquímicos e da integração de práticas de manejo do solo e da planta. O programa é do Governo Federal coordenado pela Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
A Fazenda Roncador está inserida no projeto desde 2005, e nesta safra 2011/2013 foram plantados quase um milhão de pés de abacaxi, numa área de 30 hectares. Um exemplo do crescimento da produção de abacaxi e uma das maiores propriedades produtoras do Tocantins, apta a certificação.
O produtor Glauco Giordani disse que começou a plantar abacaxi ainda em 1997, e que na época enfrentava muitas dificuldades, principalmente com doenças e pragas, mas que a situação começou a mudar com a adesão ao PIF em 2005. “Sem o programa já teria abandonado a atividade, como vários fizeram. Vivemos outra realidade, hoje o mercado é mais exigente, faz questão de qualidade, beleza e uma produção sustentável, que exige do produtor uma capacidade de produzir sem agredir o meio ambiente e a saúde do consumidor. Isso pede uma mudança de cultura, de quebra de paradigmas que levará tempo. Será uma mudança gradativa, mas é irreversível”, completou.
Participaram da reunião representantes da Seagro, Embrapa Mandioca e Fruticultura da Bahia, Ruraltins – Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins, Adapec – Agência de Defesa Agropecuária, Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, SFA – Superintendência Federal de Agricultura, Senar – Serviço Nacional de Aprendizagem rural e produtores de abacaxi.
Divulgação
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