Em assembleia, Castrolanda aprova proposta de distribuição de sobras de R$ 46,5 milhões
O evento faz parte das ações de transparência da Cooperativa e serve para prestação e aprovação das contas referentes ao ano de 2021
A Embrapa Algodão e o Instituto Nacional do Semiárido (Insa) estão trabalhando em parceria para o desenvolvimento de um novo inseticida, a partir de de sisal (Agave sisalana), para o controle de cochonilhas da palma forrageira e do algodoeiro no Semiárido brasileiro. Os trabalhos de pesquisa estão sendo conduzidos em áreas de campo e laboratórios das duas instituições, na cidade de Campina Grande, PB. O acordo técnico firmado no final do ano passado terá três anos de duração.
O pesquisador Everaldo Medeiros, da Embrapa Algodão, que coordena o projeto pela Embrapa, explica que as culturas tolerantes ao estresse hídrico, como a palma forrageira e o algodoeiro, têm sido essenciais para a manutenção dos rebanhos no Semiárido, com custos menores que os concentrados de grãos, produzidos no Cerrado do país, daí a importância do composto para a sustentabilidade dessas culturas.
“A palma forrageira tem sido a melhor opção para alimentar os rebanhos no Semiárido e o algodão é uma excelente fonte de proteína, que pode ser acrescentada à palma para suprir a deficiência de nutrientes”, diz.
Além de menor custo e tolerância à seca, a palma é rica em energia e tem boa capacidade de rebrota após o corte, como uma cultura que pode ser explorada por vários anos seguidos, possibilitando, quando em plantios adensados, maior eficiência no uso da terra. Apesar de possuir baixo teor de proteína, a palma forrageira possui altos teores de carboidratos totais, matéria mineral e umidade, características importantes na alimentação e hidratação dos animais devido à escassez hídrica.
O algodão também possui tolerância ao déficit hídrico, além de ser uma excelente alternativa como nicho de mercado orgânico e natural para complementação de renda do pequeno produtor. Além da produção de fibra, a sua integração permite a composição da fração proteica existente na biomassa do algodoeiro, e a utilização da torta e farelo após o beneficiamento da pluma.
Segundo o entomologista Carlos Domingues, também da Embrapa Algodão, as principais pragas que atacam a palma forrageira e algumas espécies em algodoeiro são relacionados a insetos sugadores, especialmente as cochonilhas. “A identificação dessas pragas e o seu controle químico são procedimentos trabalhosos e de altos custos. A busca de produtos fitoquímicos envolvendo compostos ativos inseticidas tem sido uma estratégia eficiente e com menor impacto para humanos, animais domésticos e meio ambiente”, afirma.
Conforme dados do Insa, o Brasil é o maior produtor mundial de palma forrageira para alimentação animal. Estima-se que existam, com essa finalidade, cerca de 500 mil hectares de palma forrageira no Nordeste, concentrando-se principalmente nos estados da Bahia, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Sergipe e Rio Grande do Norte, onde a cultura encontrou condições ideais para seu desenvolvimento. A palma pode substituir, em parte, outras fontes energéticas como capins e grãos.
A pesquisadora Jucilene Araújo, do Insa, responsável pelo projeto na instituição, reforça que a pecuária é uma das principais fontes de renda do Semiárido brasileiro, mas, dadas as grandes oscilações na disponibilidade de forragens causadas pelas estiagens que ocorrem na região, é necessário o uso de plantas adaptadas como a palma forrageira, que suporta grandes períodos de escassez de água.
Ela relata que há uma grande preocupação por parte dos produtores de palma e dos pesquisadores em relação a pragas e doenças dessa cultura, com destaque para as pragas cochonilha do carmim e cochonilha de escama. “Muitos dos palmais da variedade Gigante (espécie Opuntia fícus indica), de alguns estados do Nordeste, foram dizimados pela cochonilha do carmim", diz ela.
"Atualmente, temos quatro variedades de palma resistentes à cochonilha do carmim, que são cultivadas em substituição à variedade Gigante, no entanto, são suscetíveis à segunda praga de maior importância da cultura que é a cochonilha de escama. Estas pragas causam prejuízos aos produtores rurais, diminuindo a quantidade de forragem produzida e muitas vezes inviabilizando a colheita, afetando assim a economia da região”, conta.
Neste projeto, os pesquisadores enfocarão a cochonilha de escama. “Com as variedades resistentes, o problema da cochonilha do carmim foi parcialmente resolvido. O desafio maior agora é a cochonilha de escamas”, explica Everaldo.
A Embrapa Algodão tem pesquisado compostos ativos a base de extrato líquido de sisal para o controle de lagartas e carrapatos em bovinos. Com a base de conhecimento gerado, em conjunto com a Universidade Federal da Paraíba, desenvolveu um produto com eficácia para controle de todas as fases do mosquito Aedes Aegypti.
Agora, em parceria com o Insa, o objetivo é prospectar, desenvolver e testar um novo composto químico com ação inseticida identificada em genótipos de Agave a partir de substâncias ativas para o controle das cochonilhas em palma forrageira e no algodoeiro, duas culturas de alta demanda por produtos fitossanitários.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
O evento faz parte das ações de transparência da Cooperativa e serve para prestação e aprovação das contas referentes ao ano de 2021
A Microgeo participou do evento e apresentou a tecnologia MICROGEO – um componente balanceado que nutre, regula e mantém a produção contínua do Adubo Biológico através do Processo de Compostagem Líquida Contínua (CLC)