Início do vazio sanitário decreta fim da colheita de algodão na Bahia

Período marca o período de dois meses sem nenhum tipo de resto cultural no campo

02.10.2019 | 20:59 (UTC -3)
Hebert Regis

Com início na última terça-feira (1º), o vazio sanitário de algodão marca o fim de uma colheita na Bahia, que deve garantir uma safra de 1,5 milhão de toneladas (caroço e pluma). Durante o período de dois meses, os produtores devem manter a área livre de qualquer tipo de resto de cultura de algodão a fim de reduzir os índices de bicudo para a próxima safra 2019/2020, que deverá começar o plantio a partir de 1º de dezembro. O cenário da produção de algodão na Bahia é promissor, segundo a estimativa da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa). Em relação à safra passada, houve um crescimento de 15% na produção e de 25,5% de área cultivada, principalmente na região Oeste da Bahia, alcançando os 331.028 mil hectares.

Segundo maior produtor de algodão do Brasil, a Bahia consolida a fase de crescimento gradual, que vem ocorrendo há três safras consecutivas, e que vem depois de um período de perdas por conta da estiagem. Com pacote de tecnologia em sementes, adubos e defensivos ainda mais modernos, os produtores baianos atingiram uma média em produtividade superior a 303 arrobas/hectare, mesmo em um ano com perdas por conta da irregularidade das chuvas .

“Com o trabalho desenvolvido nas lavouras pelos produtores de algodão, estamos consolidando uma cadeia produtiva que vem gerando ainda mais riqueza e desenvolvimento, principalmente para o Oeste da Bahia”, afirma o produtor Júlio Cézar Busato, presidente da Abapa, entidade que implementa, desde 2000, ações em prol do desenvolvimento da cotonicultura na Bahia.

Apesar da redução do preço da pluma no mercado, os produtores se mantêm otimistas para continuarem investindo na cultura do algodão sem perder o espaço já conquistado ao longo dos últimos anos no mercado. A expectativa é que a área plantada de algodão para a próxima safra se mantenha ou que haja um pequeno incremento.  “O resultado do trabalho dos cotonicultores baianos, que também investem na obtenção de certificação sustentável e na confiabilidade da qualidade da fibra, pode abrir mais espaço para o algodão baiano no mercado internacional”, afirma Busato. Atualmente, cerca de 40% do algodão baiano é exportado para países asiáticos, como China, Indonésia, Bangladesh e Vietnã e 60% são comercializados junto às indústrias têxteis no Brasil.

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