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Teve início nesta segunda-feira (08/02) em Cascavel/PR, o Show Rural Coopavel. Este ano, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia participa do evento com o biorreator para clonagem de mudas e a Farinha do Imperador à base de cogumelos.
Farinha de cogumelos já está à disposição dos consumidores em lojas de produtos naturais
A “Farinha do Imperador”, inédita no mercado brasileiro, foi desenvolvida a partir do cogumelo rei (Ganoderma lucidum) e é resultado de uma parceria bem sucedida entre a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, o Centro Universitário de Brasília – UniCEUB e a empresa incubada do Distrito Federal Blazei-Brazil.
As variedades do cogumelo rei utilizadas no desenvolvimento da farinha saíram do Banco de Cogumelos para Uso Humano da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, coordenado pela pesquisadora Arailde Urben e que hoje conta com mais de 300 espécies de vários cogumelos de importância comestível.
A farinha pode ser utilizada na fabricação de pães, bolos e outras guloseimas com um diferencial: por ser produzida a partir do cogumelo rei, carrega com ela todas as propriedades nutritivas desse fungo, que é rico em beta-glucana (fibra alimentar que auxilia na redução da absorção de colesterol), vitaminas e minerais, entre outros nutrientes.
Para chegar à “Farinha do Imperador”, o empreendedor Haroldo César de Oliveira, diretor da Blazei-Brazil, contou também com o apoio da FAP-DF – Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal e da FINEP.
O produto rendeu ainda a Haroldo o prêmio de “Empresário Inovador 2009”, outorgado pela FAP-DF.
A “Farinha do Imperador” não contém glúten, podendo ser consumida por pessoas portadoras da doença celíaca. Além disso, o fato de conter o cogumelo Ganoderma lucidum melhorou o seu valor nutricional e a facilidade de digestão, quando comparada às farinhas encontradas no mercado. O produto possui 52,29g/100g de Beta-glucana (ß-1,3 e ß-1,6), bem superior a outros grãos como aveia e cevada que contêm entre 4 a 9%, é rico no teor de fibra com 12,11% de fibra alimentar total, sendo 0,21% de fibras solúvel e 11,90 de fibras insolúveis.
Biorreator para clonagem de mudas
Um equipamento capaz de multiplicar mudas de plantas com muito mais higiene, segurança e economia. Esse é o biorreator, uma espécie de “fábrica de plantas”, que foi desenvolvido e patenteado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
O biorreator funciona a partir de um sistema de frascos de vidro interligados por tubos de borracha flexível, pelos quais as plantas recebem ar e solução nutritiva por aspersão ou borbulhamento. Esse equipamento contém os materiais a serem reproduzidos, como células, tecidos ou órgãos, e visa produzir plantas de forma semi-automática, com monitoramento e controle das condições de cultivo, além de uma menor manipulação das culturas.
O biorreator apresenta muitas vantagens em relação aos métodos tradicionais de produção de mudas, como: aceleração do processo de multiplicação de plantas de interesse agronômico; adaptabilidade a diversas espécies vegetais; uniformização da produção; simplicidade de montagem; geração de produtos isentos de pragas e doenças, redução do custo total por muda produzida e diminuição dos custos com mão-de-obra.
Segundo João Batista Teixeira, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia que desenvolveu o equipamento, o biorreator é uma ótima opção para as empresas de fruticultura, produção de plantas ornamentais, reflorestamento, papel e celulose e madeireiras, entre outras.
Mais informações com Juliana Freire ou Monalisa Pereira, no Show Rural, pelo telefone: (45) 3222-0359.
Fernanda Diniz
Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia
(61) 3448-4769 e 3340-3672 /
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