Iniciada colheita das lavouras de soja no RS

20.03.2009 | 20:59 (UTC -3)

De maneira lenta começam as primeiras colheitas das lavouras de soja desta safra, porém não ultrapassando 1% do total. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, estas áreas estão no Médio Alto Uruguai e nas Missões, e apresentam rendimentos ao redor dos 2.000 kg/ha, abaixo do esperado como média para o Estado, que é de 2.258 kg/ha.

A produtividade é prejudicada porque a maioria das lavouras é de ciclo precoce, semeadas mais cedo, e que atravessaram as fases de floração e formação de grãos em períodos de deficiência hídrica. Já as lavouras de ciclo médio e tardio, semeadas posteriormente, apresentam desenvolvimento e potencial melhor.

Ainda na soja é significativo o percentual de lavouras em fase crítica quanto à disponibilidade de água, sendo fundamental a necessidade de umidade em níveis mais elevados que aqueles registrados nos últimos dias, para a fixação da produtividade nos níveis esperados. Além do 1% das lavouras colhidas, a soja está com 18% madura e por colher, 65% das áreas estão em enchimento de grãos, 14% estão em floração e 2% estão em germinação e desenvolvimento vegetativo.

No

milho

, a colheita segue em ritmo normal, e alcança 43%. Outros 20% já se encontram maduros e podem ser colhidos sem problemas. A partir de agora, a colheita deverá ser menos intensa, pois os produtores tendem a dar mais atenção à soja que começa a ser colhida e tem um tempo menor para a retirada sem prejudicar a qualidade.

O

feijão

da 2ª safra é outra cultura que tem encontrado boas condições para o seu desenvolvimento. À medida que aumenta o percentual de área colhida, que na semana chega a 3%, mais se firma a convicção de uma colheita acima das expectativas iniciais, com os produtores obtendo rendimentos acima dos 1.200 kg/ha em alguns casos. No feijão 2ª safra, 4% das lavouras estão maduras e por colher, 28% em enchimento de grãos, 28% em floração e 37% estão em germinação e desenvolvimento vegetativo.

No

arroz

, a colheita também avançou, atingindo 27% do total da área cultivada. As lavouras colhidas seguem apresentando bons resultados, com produtividade oscilando entre 6,5 mil kg/ha e 7 mil kg/ha, e bom rendimento de engenho. O que não tem agradado aos produtores é a constante diminuição nas cotações do grão, dada a oferta cada vez maior. Durante a semana, o preço da saca de 50kg variou entre limites de R$ 27,00 e R$ 31,00, dependendo da praça. O preço médio pago ao produtor ficou em R$ 28,96, representando uma diminuição de 1,13% em relação à semana passada.

Uva

– A colheita da cultura na maior região produtora do Brasil encaminha-se para o final. Faltando em torno de 5% da área cultivada para serem colhidos, o produto na região da Serra apresenta sanidade, coloração e teor de açúcar razoáveis. As práticas culturais se resumem aos tratamentos foliares pós-colheita, feitos à base de cobre, no intuito de manter a sanidade das folhas e maturação dos sarmentos. Os produtores recebem em torno de R$ 0,30/kg da indústria pela variedade Isabella de boa qualidade. Pelo produto destinado ao consumo in natura, o valor é de R$ 1,00/kg. Na região da Campanha e Fronteira Oeste, as videiras viníferas encontram-se em fase final de colheita, alcançando boa qualidade. A estiagem ocorrida na região influenciou no teor de açúcar no produto, que chegou aos 22º Brix, considerados excelentes.

Adriane Bertoglio Rodrigues

Emater/RS-Ascar

51-2125-3104 /

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